JOSÉ ANTONINO DE LIMA 
Parques Nacionais Brasileiros
Parques Nacionais Brasileiros

Um parque nacional é uma área de conservação, geralmente de propriedade estatal, que tem como objetivo básico a preservação de ecossistemas naturais de grande relevância ecológica e beleza cênica, possibilitando a realização de pesquisas científicas e o desenvolvimento de atividades de educação e interpretação ambiental, de recreação em contato com a natureza e de turismo ecológico.

No Brasil há parques estaduais e parques municipais criados dentro da mesma legislação. Os três tipos de parques integram o SNUC- Sistema Nacional de Unidade de Conservação - Lei 9.985 de 2000. Os Parques Nacionais, assim como outras unidades de coonservação federal, são geridos pela autarquia federal ICMBio - Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade, criado em 2007.

 

REGIÃO SUL

 

Parque Nacional da Serra Geral - RS/SC

Como uma forma de ampliar a área de proteção dos grandes e famosos cânions brasileiros, foi criado, em maio de 1992, o Parque Nacional da Serra Geral, nos Estados do Rio Grande do Sul e Santa Catarina. A unidade é como uma extensão do Parque Nacional Aparados da Serra, o que forma uma área de conservação maior. O tamanho da área possibilita uma maior eficácia no combate às constantes e preocupantes atividades de caça que vinham sendo realizadas, assim como na redução de incêndios e desmatamentos.

Com mais de 60 cânions, dois se destacam por sua extrema beleza e, por isso, tornaram-se famosos: o Malacara e o Fortaleza, este com mais de 7 km de extensão e 500 m de altura. Eles são como um convite às caminhadas, que devem ser feitas com bastante observação: quando se chega perto da borda de cada um, tem-se uma sensação de extrema surpresa dada as imagens observadas.

A região ainda possibilita ao visitante conhecer seu atrativo vizinho, o Parque Nacional Aparados da Serra.

CLIMA

O clima é Temperado, sem período de seca. As temperaturas médias estão entre 18 a 20º C, com máxima de 34 a 36º C e mínima de - 8 a – 4º C. A pluviosidade anual está entre 1500 e 2000 mm.

ASPECTOS NATURAIS

Possui uma área de 17.300 hectares, em que se encontram formações originadas a partir de intensas atividades vulcânicas ocorridas há milhões de anos. Com o tempo, originou-se o Planalto Sul-brasileiro, coberto por vegetação heterogênea e diversas nascentes de rios cristalinos. Formaram-se os famosos cânions profundos brasileiros.

O relevo de SC é acentuado por montanhas e vales profundos, e o do RS é caracterizado por coxilhas e vales pequenos. Existem na unidade a Floresta de Araucária, os Campos e a Mata Atlântica, assim como as zonas de transição entre elas. Na Floresta de Araucária observa-se o pinheiro-do-paraná, a aroeira, o carvalho, a caúna e o pinheirinho-bravo. Nos Campos predominam as gramíneas e, na Mata Atlântica, destacam-se várias espécies como: a maria-mole e a cangerana. Há também a flor-símbolo do Rio Grande do Sul, característica: a brinco-de-princesa.

A vegetação é cortada por vários rios de pouca profundidade, mas perenes, como o Cachoeira, o Bonito, o Porteira Velha, o Pai José e o Costão Novo. Entre os animais, podem ser notados o lobo-guará, suçuarana e o veado-campeiro, avistados apenas nos locais de mais difícil acesso; e também outros, como o puma americano, também chamado de leão-baio, raposas, graxains, gambás, tatus, bugios, etc. Dentre as aves encontram-se a gralha-azul, o papagaio-charão, periquitos, e ainda alguns ameaçados de extinção, como o gavião-pato e a águia-cinzenta.

 

Parque Nacional São Joaquim - SC

O país tropical também guarda paisagens invernais. Na região mais fria do Brasil pode chegar a nevar e as geadas são comuns, criando um cenário mágico onde as manhãs nascem com uma densa neblina abraçando os poucos bosques de araucárias entre os que restam no país.

A criação, em 1961, do Parque Nacional de São Joaquim está ligada à necessidade de proteção dos trechos restantes de bosques de araucárias, que se encontram dentro de seus 49.300 hectares.

ASPECTOS CULTURAIS E HISTÓRICOS

A exploração florestal contínua reduziu à pequenos fragmentos florestais a área do parque, restando a paisagem rara em beleza e que anualmente oferece um espetáculo ímpar no território nacional: a brancura de neve nos mais elevados píncaros da Serra do Mar.

ASPECTOS NATURAIS

O cenário da região difere bastante do retrato do país tropical. A Serra Geral, no Planalto das Araucárias, se parece mais com o inverno europeu.

Há duas paisagens distintas: os campos-de-cima-da-serra, que são as terras mais frias do Brasil, onde a temperatura pode chegar a 13°C negativos e frequentemente pode gear, e a serra-abaixo.

As regiões de maior altitude, os campos-de-cima, apresentam o capim-caninha e o pinheiro-do-paraná, principal componente das florestas de araucárias. Ao longo dos rios, as matas ciliares estão representadas pelo cambuí, guamirim e branquilho. As encostas da Serra Geral estão cobertas por floresta atlântica densa, onde ocorrem a canela-preta e o pau-óleo.

A fauna apresenta alguns mamíferos como pacas, cachorros-do-mato, bugios e jaguatiricas. Entre as aves, encontram-se a gralha-azul, a curiaca, o caxinguelê e o surucuá-de-barriga-vermelha.

CLIMA

O clima da região é temperado, sem estação seca, com temperatura média anual entre 14°C e 12°C. No inverno, a temperatura é bastante baixa e algumas vezes chega a nevar.

ATRAÇÕES

Apesar do Parque Nacional de São Joaquim não estar aberto à visitação, a região oferece uma paisagem magnífica. Os cartões-postais são: a Pedra Furada e o Morro da Igreja, com 1.828m de altitude. É possível fazer caminhadas passando pelos bosques de araucárias, pelas nascentes e piscinas naturais do Rio Pelotas. Na região de Santa Bárbara, onde se localiza um cemitério centenário, vivem comunidades tradicionais.

INFRA-ESTRUTURA

Para visitação é necessária autorização prévia do IBAMA em Santa Catarina.O parque possui apenas uma sede administrativa. A cidade de Urubici, a 24 km do parque, oferece hotéis, pousadas e restaurantes simples. São Joaquim, a 88 km, e Lajes, a 126 km, oferecem mais opções.

OBJETIVOS ESPECÍFICOS DA UNIDADE

Conservar ecossistemas existentes na unidade e promover educação ambiental, pesquisa e visitação pública.

DECRETO E DATA DE CRIAÇÃO

Foi criado pelo Decreto n° 50.922 de 06 de julho de 1961.

 

Parque Nacional do Iguaçu - PR

 

De raiva, “M´Boi, filho de Tupã, contraiu os músculos, desnivelando a terra e revoltando as águas. Naipi caiu na Garganta do Diabo, onde vive até hoje em meio à espuma, enquanto Tarobá se transformou em árvore e, plantado, contempla sua amada para toda a eternidade.” A lenda trata da origem da oitava maravilha do mundo, as Cataratas do Iguaçu, a potava maravilha do muno, rodeadas por um importante ecossistema. Para protegê-los foi criado o Parque Nacional do Iguaçu que, mesmo sendo um dos mais visitados, corre o risco de perder o título de Patrimônio Natural da Humanidade, devido a abertura de uma estrada ilegal.

As Cataratas do Iguaçu estão protegidas pelo Parque Nacional do Iguaçu, que abrange 185.265 hectares. Sua criação data de 10 de junho de 1939, seguindo os passos da Argentina, que criou o Parque Nacional del Iguazú em 1934, apesar da idéia de preservação existir desde o século 19.

ASPECTOS CULTURAIS E HISTÓRICOS

Historicamente foi cenário das missões jesuítas para a catequese dos Tupi-Guaranis, posteriormente os Bandeirantes paulistas expulsaram os jesuítas espanhóis, permanecendo assim sob o domínio de Portugal toda aquela região. A área abriga grande quantidade de sítios arqueológicos. A origem da palavra Iguaçu é indígena-guarani e significa "água grande". O Parque Nacional do Iguaçu foi incluído na "lista dos Patrimônios Naturais da Humanidade", em Novembro de 1986.

ASPECTOS NATURAIS

As Cataratas do Rio Iguaçu, o maior do Paraná, resultam do mais extenso processo de vulcanismo de fissura do mundo, que ocorreu há cerca de 250 milhões de anos. Elas são formadas por 272 quedas ao longo de 2.700m de extensão e com até 82m de altura.

A vegetação possui três formações diferentes: a floresta estacional semidecidual, com araucárias, perobas e begônias; a floresta ombrófila mista, com pinheirais típicos, e a mata ciliar, com árvores menores.

A fauna é bastante diversificada apresentando mais de 340 espécies de aves, aproximadamente 50 espécies de mamíferos, 60 de répteis, 12 de anfíbios, 18 de peixes e cerca de 700 de borboletas.

CLIMA

O clima da região é temperado, sem estação seca, com temperatura média anual entre 18ºC e 20ºC. As chuvas freqüentes o ano todo, são abundantes, porém mais rápidas, no verão. O frio do inverno dificulta a observação dos animais.

ATRAÇÕES

A grande maioria dos visitantes vem a Foz do Iguaçu atraída por uma das mais raras belezas cênicas naturais do planeta - as Cataratas do Iguaçu. Além de famosas quedas, a riqueza da biodiversidade e a variedade de opções oferecidas permitem que o visitante contemple e desfrute do Parque Nacional do Iguaçu de várias maneiras.

Trilha das Cataratas - 1.200m de caminhada em trilha pavimentada e com escadas, com vários pontos para contemplação das Cataratas.

O final da trilha dá acesso ao elevador panorâmico e à passarela para observação da garganta do diabo, o principal salto das Cataratas do Iguaçu.

Trilha do Poço Preto - trilha de 9 km para caminhada ou passeio de bicicleta, acompanhado de guias bilíngües, retornando de barco pelo rio Iguaçu até a trilha das Bananeiras, podendo ainda optar por acesso de duck nas ilhas da Taquara. Opção também para birdwatching.

Trilha das Bananeiras - trilha de 1.600m para caminhada, passando por lagoas, acompanhado de guias bilíngües, seguida de passeio de barco pelo rio Iguaçu até Porto Canoas.

Macuco Safari - passeio com veículo elétrico acompanhado de guia bilíngües, seguido de caminhada e inesquecível passeio de barco até as quedas.

Campo de Desafios - muro de escalada indoor, arvorismo com mais de 20 elementos, rapel de 50m de altura com o visual das Cataratas do Iguaçu ao fundo e escalada nos paredões do canion do rio Iguaçu.

Rafting no rio Iguaçu - na seqüência do Macuco Safari ou do rapel, o rafting nas corredeiras do Iguaçu é outra aventura oferecida ao visitante.

Tropical Cataratas Eco Resort Experience - localizado dentro do Parque Nacional do Iguaçu, o hóspede do Hotel Tropical pode ter uma vista privilegiada das Cataratas do Iguaçu.

Espaço Porto Canoas - localizado no final da trilha das Cataratas, o espaço Porto Canoas conta com praça de alimentação, restaurante com vista panorâmica do rio Iguaçu, loja de souvenirs, ambulatório, sanitários, central de serviços, além de área para contemplação e descanso.

Passeio de Helicóptero - sobrevôos no Parque Nacional do Iguaçu, com visão privilegiada das Cataratas.

Parque Nacional Iguazú (Argentina) - o Parque Nacional do Iguazú complementa, com sua riqueza biológica e cênica, o Parque Nacional do Iguaçu, contando com ótima estrutura para atendimento aos visitantes e permitindo a contemplação das Cataratas de um ângulo diferenciado e tão exuberante quanto do lado brasileiro.

INFRA-ESTRUTURA

O Parque ainda dispõe de Centro de Visitantes, localizado em área externa ao parque com plataforma de embarque e desembarque. Na área das cataratas está presente uma grande edificação utilizada pela rede Tropical de Hotéis e está sendo construído um complexo que oferecerá dois elevadores panorâmicos. Ao final da trilha das Cataratas está localizado o espaço Porto Canoas com área de contemplação, loja de souvenirs, telefones públicos, correio, área para exposição, praça de alimentação com restaurantes e sanitários.

O Parque também dispõe de infra-estrutura para passeios de barco à jusante do rio Iguaçu com recepção de visitantes, sanitários, loja de souvenirs, carros elétricos, cais para embarque e desembarque de passageiros e barcos a motor. À montante do rio Iguaçu o parque conta com uma estrutura para passeios de barco a motor e a remo, sanitários, deck para contemplação e descanso, bilheteria na Área de Desenvolvimento (AD) Bananeiras, depósito de materiais, groovers, quiosque para descanso, cais e bilheteria na AD Poço Preto.

Para a prática de esportes radicais o parque dispõe de equipamentos para arvorismo, parede de escalada, plataforma para apoio à escalada em rocha e descida em rapel, cais para prática de rafting, juntamente com três botes para a atividade, além de escritório, área para funcionários, bilheteria e sala de aula.

O Centro de Recepção de Visitantes é o ponto de partida para todos os destinos do Parque. O visitante dispõe de bilheteria, loja de souvenirs, sanitários, fraldário estacionamento, sala de recepção para agências de turismo, posto bancário e exposições temporárias. Exposição temática/interpretativa em fase de implantação.

O Parque Nacional do Iguaçu pode ser visitado durante o ano todo. Contudo, as épocas para se aproveitar melhor a viagem e a visita ao parque são as estações de baixa temporada, onde as áreas de contemplação e os passeios não apresentam grande lotação, como nas estações de alta temporada (meses de dezembro, janeiro, julho e semana santa).

 

Parque Nacional Aparados da Serra - SC/RS

 

Vales profundos, com até 900m de altura, forrados de araucárias. De suas bordas despencam quedas d’água com até 720m. O clima frio e úmido e a névoa que envolve essas formações são propícios para saborear um legítimo chimarrão. Este é o cenário onde se encontram os cinco maiores cânions do país. Uma paisagem espetacular ameaçada pelo desmatamento das araucárias mesmo sendo uma região de preservação ambiental.

Sua criação é antiga: 1959. Mais antigos são os cânions que começaram a se formar a 130 milhões de anos. Enriquecendo a paisagem estão trechos da quase extinta Floresta de Araucária. Isso é um pouco do que se pode encontrar dentro dos 10.250 hectares do Parque Nacional de Aparados da Serra.

ASPECTOS CULTURAIS E HISTÓRICOS

No Parque encontra-se duas culturas distintas: relativa ao planalto e à parte baixa. O Planalto teve colonização de jesuítas e a presença de estrangeiros como os alemães e italianos.

ASPECTOS NATURAIS

Um derrame de lavas há 130 milhões de anos se espalhou pela superfície em forma de crosta. Essa crosta rachou ao meio, formando bordas afiadas que parecem ter sido esculpidas. Assim surgiram os cânions da região, possuindo uma profundidade média de 600m. O nevoeiro que quase sempre envolve essas formações se deve à grande diferença de temperatura.

A flora do parque constitui-se de trechos de Floresta de Araucária, campos e floresta pluvial atlântica. Seus principais representantes são, respectivamente, o pinheiro-do-paraná, gramíneas e ervas, e árvores de grande porte como a cangerana.

Entre os mamíferos que constituem a fauna estão o puma, o lobo-guará, o graxaim e o veado-campeiro. O parque abriga três espécies de aves ameaçadas de extinção: o gavião-pato, o gavião-pega-macaco e a águia-cinzenta. Além desses, existem ali diversas espécies de répteis.

CLIMA

O clima é determinado como clima temperado, apresentando média anual de 16 graus; o mês mais quente é janeiro e os mais frios são junho e julho.

ATRAÇÕES

O maior cânion do parque é o Itaimbezinho, com 5,8km de extensão. Trilhas levam até as suas bordas e de lá, em dias claros, pode-se ter uma visão até do litoral do Rio Grande do Sul.

Os mais aventureiros podem seguir trilhas que levam ao vale dos rios. Uma caminhada de oito horas até o Vale do Rio do Boi, leva a um lugar conhecido como Cruz, onde se vê uma das curvas formadas pelas fendas na montanha.

Cachoeiras despencam das bordas dos cânions. A mais famosa delas é a Véu de Noiva com 720m de altura. Além disso, observar a rara Floresta de Araucária e os animais ameaçados de extinção pode ser uma boa experiência.

INFRA-ESTRUTURA

O Parque possui centro de visitantes, espaço cultural para exposição de fotos, auditório com capacidade para 50 pessoas, lanchonete, sanitário, loja de artesanato e estacionamento.

OBJETIVOS ESPECÍFICOS

Conservar amostra significativa das formações vegetais existentes na unidade, bem como proteger os aspectos geológicos e geomorfológicos da área. Foi criada pelo Decreto n.º 47.446 de 17.12. 1959 e alterada pelo Decreto n.º 70.296 de 17 de março de 1972.

 

Parque Nacional de Saint-Hilaire/Lange - PR

 

Parque Nacional de Saint-Hilaire/Lange, criado em maio de 2001, é o quarto do estado do Paraná, que já conta com as unidades de conservação Iguaçu, Superagui e Ilha Grande. Considerado como área núcleo da Reserva de Mata Atlântica, seu estabelecimento visa preserva-la, pois, nos últimos anos, ela é um dos biomas que sofre um dos maiores riscos ambientais do mundo. Sua posição é, portanto, estratégica.

Além disso, o cuidado permite gerar equilíbrio aos balneários e cidades ao redor, assim como a proteção das nascentes de água e o impedimento da ocupação aleatória que ocorria com a invasão dos morros, em municípios próximos.

Ao ouvir este nome, não se pensa ser este um parque brasileiro. Mas ele é assim como uma homenagem ao naturista francês pesquisador Saint-Hilaire, que esteve na região em expedições botânicas há mais de um século. O cientista foi o primeiro a descrever o local e a cruzar, a remo, a baía de Guaratuba no século XIX.

A segunda parte, Lange, é de reconhecimento ao ambientalista Roberto Ribas Lange, que foi um dos líderes no começo da luta ambiental no estado. Ele faleceu, ainda novo, no início da década de 90 em trabalhos ambientais no Rio Iguaçu.

A partir da parceria criada com o Parque Nacional de Superagui, o Paraná desenvolveu uma completa rede de proteção e uso de seu litoral e dos remanescentes de Floresta Atlântica, somadas ainda a APAS e Estações Ecológicas.

Porém, a região ainda carece de significativos investimentos para a completa e qualitativa implantação, fiscalização e controle das unidades existentes. Apesar de seu grande potencial ecoturístico, o parque está fechado para visitação, e não possui infra-estrutura.

CLIMA

Com clima Temperado Subtropical, a região tem temperatura média de 21ºC, e a precipitação varia de 1750 a 2000 mm anuais.

ASPECTOS NATURAIS

A unidade possui 25 mil hectares, o parque tem situada, em sua porção leste, a Unidade de relevo denominada Planícies Marinhas e, no lado oeste, Escarpas e Reversos da Serra do Mar. A vegetação á a Mata Atlântica, ou, como classifica o IBGE, Floresta Ombrófila e vegetação secundária.

 

Parque Nacional de Superagui - PR

 

Um lugar cheio de vida, considerado pela ONU como um dos ecossistemas costeiros mais importantes do mundo. Hábitat de espécies ameaçadas de extinção e única casa do mico-leão-de-cara-preta. Casa também de uma comunidade de pescadores que leva uma vida simples, regida pela natureza. Longe da tecnologia, quem manda ali são as marés, os ventos e a lua.

Manifestações de ambientalistas conseguiram estimular a criação do Parque Nacional do Superagüi, em 1989, para proteger 21.400 hectares de um rico ecossistema costeiro repleto de vida.

CLIMA

O clima da região é tropical superúmido, sem estação seca. O parque pode ser visitado o ano inteiro, sendo que os meses de mais chuva são setembro e outubro.

ASPECTOS NATURAIS

O parque abrange as ilhas do Superagüi e das Peças. Sua paisagem é composta por Mata Atlântica, restingas, manguezais praias, que integram o Complexo Estuário Lagunar de Iguape-Cananéia-Paranaguá, mais conhecido como Lagamar, um dos mais importantes ecossistemas costeiros do mundo.

Os manguezais estão representados pelo mangue-vermelho e pelo mangue-branco. Aí também crescem diversas orquídeas. Figueiras e maçarandubas são espécies que constituem a faixa de Mata Atlântica.

O mico-leão-de-cara-preta foi encontrado somente em Superagüi, tornando-se espécie importantíssima. Além dele, estão presentes mamíferos como a paca, a cutia, o veado e o porco-do-mato. Muitas aves marinhas povoam a região, juntamente com o tucano, o sabiá e o ameaçado papagaio-de-cara-roxa. Cobras peçonhentas como a jararaca e a coral também estão presentes.

 

Parque Nacional da Lagoa do Peixe - RS

 

A Grande Restinga do Rio Grande do Sul revela belezas e surpresas. As marés e os ventos mudam sem aviso, podendo pegar o homem de súbito. Mas onde a natureza domina, ela também se mostra mais esplendorosa. Lagoas salobras, dunas floridas e praias desertas recebem a visita de centenas de aves migratórias, que encontram ali um lugar de descanso e fartura para enfrentar suas longas viagens.

Criado em 1986 para proteger um dos mais importantes santuários de aves migratórias, o Parque Nacional da Lagoa do Peixe, com 34.357 hectares, preserva um importante ecossistema costeiro. Na região vivem algumas comunidades de pescadores, descendentes dos lusitanos, sobrevivendo da pesca artesanal do camarão no verão e da tainha no inverno.

ASPECTOS CULTURAIS E HISTÓRICOS

As tribos de índios Tupi-Guarani habitavam a região do Parque há mais de 400 anos atrás. A região foi colonizada por açorianos. O nome da unidade se deve à importância da Lagoa dos Peixes, na verdade uma laguna, dentro do ecossistema, a maior e mais procurada pelas aves para a alimentação.

ASPECTOS NATURAIS

O Parque Nacional da Lagoa do Peixe está sobre uma extensa planície costeira arenosa, formada pelo vaivém das marés. Situado entre a grande Lagoa dos Patos e o Oceano Atlântico, sua paisagem é composta por restinga, banhados, matas nativas, campos de dunas, lagunas e praias, criando uma grande biodiversidade.

A vegetação está representada por espécies características de solos arenosos e com alto teor de salinidade, como a macela graúda, o brejo-da-praia e a espartina. Na restinga encontram-se algumas espécies de Mata Atlântica adaptadas, como figueiras rodeadas por orquídeas. Juncos e gramas-brancas crescem nos banhados.

A Lagoa do Peixe, paralela à praia e com 40 km de extensão, é bastante rasa, atingindo, no máximo, 60 cm de profundidade. Somente na barra de comunicação com o mar, a profundidade chega a 2m. Suas águas salobras, repletas de plânctons, crustáceos e peixes atraem centenas de aves.

São 182 espécies de aves, sendo 26 delas migratórias do hemisfério norte e 5 do sul. Do Chile e da Argentina, chegam os flamingos. Do norte vem o maçarico-de-peito-vermelho. O parque ainda possui mamíferos como a capivara e o tamanduá e um réptil ameaçado de extinção, o jacaré-de-papo-amarelo.

CLIMA

O clima da região é subtropical úmido, sem estação seca e com temperatura média anual de 16,5°C. O período de menos frio vai de setembro a março. O problema é que nessa época há muitos mosquitos na região.

ATRAÇÕES

O parque é ótimo lugar para a observação de aves, ideal para ser fotografado. Centenas delas se amontoam nas águas rasas da Lagoa do Peixe, que é um verdadeiro restaurante a céu aberto. Pode-se observar também a baleia franca, entre os meses de julho e outubro, que migram para Santa Catarina. As praias desertas escondem preciosidades, como o Farol da Solidão e o Farol de Mostardas, construído em 1858.

Para quem gosta de se aventurar por cenários incríveis, a região é imperdível. Com um veículo 4x4, pode-se ir pela BR-101 até São José do Norte. A chamada "Estrada do Inferno" é completamente deserta, por isso vá bem equipado. Em setembro, centenas de margaridas cobrem as dunas deixando a paisagem ainda mais bela.

INFRA-ESTRUTURA

Em Mostardas e Tavares é possível encontrar guias do Ibama para visitas monitoradas. Essas duas cidades, que ficam a 25 km e 5 km do parque, respectivamente, oferecem hotéis, pousadas e restaurantes.

OBJETIVOS ESPECÍFICOS DA UNIDADE

Proteger ecossistemas litorâneos e espécies de aves migratórias que dependem da unidade para seu ciclo vital, como também para fins científicos, culturais e recreativos. Foi criado pelo Decreto n.º 93.546 de 06 de novembro de 1086.

 

Parque Nacional da Ilha Grande - PR/MS

 

Um dos cenários mais lindos do mundo não poderia ficar sem proteção. A proteção da região está ligada à longa luta pela preservação de áreas do Rio Paraná, anteriormente afetado pelo Lago de Itaipu que acabou com as Sete Quedas. Ainda que na teoria, ela chegou e se faz mais do que necessária onde se encontram espécies ameaçadas de extinção e um ecossistema especial.

Os 78.875 hectares do Parque Nacional da Ilha Grande estão inseridos no complexo ecossistema que integra o Corredor de Biodiversidade do Rio Paraná. Foi criado em 1997 a partir de um projeto do Instituto Ambiental do Paraná, desenvolvido pelo Ibama e pelos municípios integrantes do Consórcio Intermunicipal para a Conservação do Rio Paraná e Áreas de Influência (Coripa).

ASPECTOS CULTURAIS E HISTÓRICOS

As propostas de proteção ambiental da região datam do século passado. A região é caracterizada pela existência de sítios históricos e arqueológicos de excepcional relevância para a compreensão da ocupação humana no sul do Continente Americano, incluindo-se as áreas de ocupação dos índios Xetá, considerados extintos, reduções e cidades jesuíticas (índios Guarani) que remontam ao Século XVII, insuficientemente estudados e carentes de proteção. O nome da unidade foi escolhido levando em consideração o mais significativo acidente geográfico da região, no caso a Ilha Grande ou de Sete Quedas.

ASPECTOS NATURAIS

A região é o último trecho livre de represamento do Rio Paraná e apresenta um cenário dominado por lagos, lagoas e cerca de 300 ilhas e ilhotas, entre as quais Pacú, Peruzzi, Gaivotas, Tucano, Pavão, Capivara, São Francisco, Saraiva, Volta Redonda, Isabel, Ilha Joel, Major Valença e a própria Ilha Grande. A lagoa mais importante é a Saraiva. O relevo é plano e a vegetação, rasteira, havendo a presença de figueiras, ingás e paus-d’alho.

A fauna diversificada apresenta aves, como o colhereiro, o mutume e o jaburu; mamíferos como a onça-pintada, o tamanduá-bandeira e a anta, e répteis como o ameaçado jacaré-do-papo-amarelo. Além disso, suas águas estão repletas de peixes, como o jaú, dourado e pacu.

CLIMA

O Clima Subtropical é úmido mesotérmico, com verão quente.

ATRAÇÕES

A maior atração é o próprio cenário, de beleza incrível, formado por lagoas, várzes e ilhas. Nessas ilhas é possível observar uma rica biodiversidade. O local é uma boa opção para a observação de pássaros.

INFRA-ESTRUTURA

No interior do Parque existem praias com infra-estrutura rústica. As ilhas maiores contam com trilhas. Os passeios de barco são excelente opção de lazer. A unidade é aberta durante todo o ano, todos os dias da semana. Não há cobrança de ingressos na unidade.

O parque possui uma sede provisória em Porto Figueira, distrito de Vila Alta, com alojamento para pesquisadores. Em Porto Figueira há um hotel de emergência e camping. Em Vila Alta, a 20 km do parque, e Umuarama, a 105 km, existem hotéis bem equipados.

OBJETIVOS ESPECÍFICOS DA UNIDADE

Preservar, conservar e melhorar as condições ecológicas da área do Parque e o bem estar das populações abrangidas;

Proteger o último segmento do rio Paraná e ecossistemas associados, contribuindo para a manutenção da diversidade biológica, especialmente às espécies da fauna e da flora endêmicas e ameaçadas de extinção e seus habitats e os sítios arqueológicos, além disso contribuir para que a sociedade discuta e conheça os processos de gestão e proteção dos recursos naturais, dentre eles o uso racional do solo e os métodos de zoneamento ambiental.

Foi criado pelo Decreto s/n de 30 de setembro de 1997.

 

 

REGIÃO SUDESTE

 

Parque Nacional da Serra da Bocaina - SP/RJ

 

Entre as turbulentas metrópoles de São Paulo e do Rio de Janeiro, existe um lugar onde reina a tranqüilidade de um cenário que nos remete ao passado. O caminho aberto pelos índios, ligando o litoral fluminense ao Vale do Paraíba, guarda as pegadas de antigos bandeirantes e tropeiros e dos atuais aventureiros. E aventura é o que não falta nesta preciosa faixa de Mata Atlântica da Serra do Mar. A natureza mistura-se às marcas da riqueza trazida pelo apogeu do café e estagnada com seu declínio.

O Parque Nacional da Serra da Bocaina foi criado em 1972 pelas autoridades militares com o intuito de proteger a população das principais cidades da região, caso houvesse um acidente nas usinas Angra I e Angra II. As escarpas da Serra do Mar, forradas por vegetação nativa, funcionariam como um escudo protetor. Hoje, os 100.000 hectares do parque protegem a mais rica amostra de Mata Atlântica do país.

ASPECTOS CULTURAIS E HISTÓRICOS

A história da unidade é a própria história da colonização do Brasil. A região foi primeiramente explorada pela caça, depois, pelo ouro e diamantes (nas Entradas e Bandeiras), servindo com suas trilhas para envio destas riquezas à Portugal. Estas trilhas mais tarde foram usadas para a entrada de cana-de-açúcar e café no Vale do Paraíba.

Algumas delas foram alargadas e receberam calçamento feito pelos escravos, para permitir o escoamento da produção já em carretões de tração animal. Hoje estas trilhas constituem o grande atrativo deste Parque, cujo nome teve origem no entrecortado de numerosos caminhos que se estendem pelas depressões da Serra, por entre as elevações do terreno.

ASPECTOS NATURAIS

Entre os maciços da Serra do Mar e da Serra da Mantiqueira, a paisagem que varia de altas montanhas até praia, possui uma impressionante variação de temperatura. O relevo acidentado favorece a formação de cachoeiras nos cursos que formam a bacia do Rio Mambucaba.

A vegetação da Mata Atlântica está representada por árvores de grande porte como o murici, diversas palmeiras, embaúbas, canelas e baguaçus. Acima de 1.500m encontramos o cedro, o pinheiro-bravo e araucárias, entre outros. Além disso, bromélias de vários tipos espalhassem pelo parque.

A anta, o macaco-prego, a preguiça, o bugio, o mono-carvoeiro, raras onças e o sagüi estão entre os principais mamíferos. O parque guarda algumas espécies de aves ameaçadas de extinção como a harpia, o gavião pega-macaco e o gavião-de-penacho.

CLIMA

O clima da região é tropical superúmido, com temperatura média anual de 23°C. O período de menos chuvas vai de maio a agosto, quando também as temperaturas são bastante baixas.

ATRAÇÕES

Abrigando a maior extensão contínua de Mata Atlântica do país, o parque possui diversas espécies de animais e vegetais, além de cachoeiras em meio à mata fechada, como a dos Veados.

Ela pode ser apreciada por quem faz a Trilha do Ouro, uma caminhada de 3 dias passando por lugares históricos, ligando São José do Barreiro a Parati. Existem muitas outras trilhas. Fora a beleza natural, construções históricas espalham-se pelo parque, como por exemplo, a Pharmacia Popular (1830), em Bananal, a mais antiga em funcionamento no Brasil.

Uma boa vista da região é oferecida do alto do Pico do Tira o Chapéu, no Morro da Boa Vista, com 2.200 m. O parque ainda engloba as praias de Caxadaço, do Meio e a Ilha do Tesouro, na região de Trindade.

INFRA-ESTRUTURA

O parque possui uma sede administrativa e uma pousada dentro de seus limites. São José do Barreiro, a 27 km do parque, e Bananal contam com hotéis e pousadas bem equipados.

OBJETIVOS ESPECÍFICOS DA UNIDADE

Preservar o pouco do que resta da Mata Atlântica (Serra do Mar), sua fauna e flora, seus mananciais enfim seus ecossistemas, tanto terrestres quanto marinhos. Desenvolver projeto de educação ambiental, ecoturismo e pesquisas. Foi criado pelo Decreto n.º 68.172 de 04 de fevereiro de 1971

 

Parque Nacional da Serra da Canastra - MG

 

Em uma região calma nasce um dos mais importantes rios brasileiros, o São Francisco. O Velho Chico, rio da integração nacional, surge como um filete e pouco depois despenca em uma cachoeira esplendida de 200m. Aliás, cachoeira é o que não falta neste chapadão em forma de baú, daí o nome canastra. Mas, assim como os outros parques nacionais, a Canastra também sofre com a falta de fiscalização e os incêndios criminosos.

O Parque Nacional da Serra da Canastra foi criado em 1972 com o intuito de proteger a nascente de um dos rios mais importantes do país, o São Francisco, além de outras nascentes localizadas dentro de seus 71.525 hectares. Seu cenário belíssimo inspirou o pintor francês Jean-Baptiste Debret a pintar a Cachoeira Casca D Anta no século XIX.

ASPECTOS CULTURAIS E HISTÓRICOS

A unidade apresenta na extremidade norte uma cultura arqueológica representativa como as pinturas de caverna, agulhas de osso, machados de pedra e cerâmica. Quanto à cultura contemporânea apresenta lendas da localidade e lugares históricos.

ASPECTOS NATURAIS

O relevo do Parque é caracterizado por dois chapadões: o da Serra da Canastra e o da Zagaia, tendo ainda um perfil plano. As encostas dos chapadões consistem em descidas íngremes e precipícios.

Com vegetação típica de transição entre o Cerrado e a Mata Atlântica, a flora é representada por canela-de-ema, fruta-de-lobo, pequi e pau-de-colher.

A fauna não é muito diversificada e apresenta diversas espécies em extinção: tatu-canastra, lobo-guará e o tamanduá-bandeira. Aves como o tu cano, a ema, o canário-da-terra e o curió também são encontradas ali.

CLIMA

O clima da região é subtropical com temperaturas médias anuais de 17°C no inverno e 23°C no verão. Um bom período para visitar o parque vai de abril a outubro, quando chove menos e as águas das cachoeiras ficam mais cristalinas. Novembro e dezembro são meses de bastante chuva. O mês mais frio é julho e os mais quentes são janeiro e fevereiro. A época ideal para visitação é de abril a outubro.

ATRAÇÕES

Possui muitas belezas cênicas, algumas de difícil acesso. As mais procuradas são a nascente do rio São Francisco e as partes alta e baixa da cachoeira Casca D’anta. Deve-se visitar também: Cachoeira do Rolinho; Garagem de Pedras (que oferece vista panorâmica do Vale dos Cândidos) e Serra da Babilônia.

INFRA-ESTRUTURA

O parque conta com Centro de Visitantes e alojamento para pequenos grupos e pesquisadores. Delfinópolis e São Roque de Minas possuem infra-estrutura simples com pequenos hotéis, pousadas, campings e restaurantes. Para que uma v visita ao Parque alcance os seus objetivos, há uma série de requisitos e instruções.

OBJETIVOS ESPECÍFICOS DA UNIDADE

Proteger significativa área que apresenta praticamente todas as fitofisionomias que englobam formações florestais, savânicas e campestres, o que é pouco comum em outras áreas protegidas do Cerrado e ainda área de tensão ecológica entre o Cerrado e a Floresta Atlântica.

Proteger, em estado natural, zonas de recarga e cabeceiras de drenagem inseridas nos Chapadões da Canastra e da Babilônia. Proteger nascentes das bacias dos rios São Francisco, Araguari, Santo Antônio (Norte e Sul), Bateias, Grande e Ribeirão Grande. Foi criado pelo Decreto n.º 70.355 de 03 de abril de 1972.

 

Parque Nacional da Serra do Cipó - MG

 

Há 5 mil anos, povos primitivos passaram pela região e deixaram seus registros em forma de pinturas rupestres. Mas essa não é a única raridade da região. Animais ameaçados de extinção e espécies raras de flores embelezam o cenário, marcado por interessantes formações rochosas. Os bandeirantes foram os primeiros colonizadores a desbravar as terras em busca de riquezas. Mas as riquezas presentes na Serra do Cipó não interessavam aos bandeirantes e, talvez, por isso a região tenha sido preservada.

O Parque Nacional da Serra do Cipó foi criado em 1984 para proteger a fauna e flora da Serra do Cipó, as espécies endêmicas da região e, além de tudo, os importantes elementos históricos e culturais presentes dentro de seus 33.800 hectares.

ASPECTOS CULTURAIS E HISTÓRICOS

Os valores culturais e históricos desta unidade residem nas pinturas rupestres, que indicam sinal de história do homem em eras passadas, sem contar os sítios arqueológicos de enorme valor histórico, que existem no seu entorno. São duas as versões para a origem do nome da Serra; a que diz que o nome é devido ao rio Cipó que passa na unidade, que possui um leito bastante sinuoso e a outra que diz que o nome é devido a uma mata fechada existente no local, onde os cipós se entrelaçavam formando uma verdadeira barreira.

ASPECTOS NATURAIS

A Serra do Cipó faz parte da Cordilheira do Espinhaço e, juntamente com um braço da mesma, divide as águas das bacias dos rios São Francisco e Doce. A paisagem apresenta um conjunto de montanhas, rios, cachoeiras e campos e está dividida em duas grandes formações: a do Espinhaço, montanhosa e a da bacia do médio rio Cipó, semi-montanhosa, que corresponde à região dos vales. As chamadas rochas em dobramento, afiados obeliscos de granito, são marcantes na região.

A flora apresenta três conjuntos de vegetação: mata de galeria, campo cerrado e campo rupestre. Foram catalogadas mais de 1.600 espécies diferentes de flores na região, algumas únicas do lugar.

O parque protege algumas espécies de mamíferos em extinção, como o lobo-guará, o tamanduá-bandeira e o cachorro-do-mato-vinagre. Uma espécie rara de anfíbio da região é a rã conhecida como perereca-de-pijama.

CLIMA

O clima da região é tropical de altitude, com temperatura média anual de 21°C. De abril a novembro, período seco é o melhor período para cruzar os rios, tomar banhos e praticar rapel. No restante do ano, chove mais, as cachoeiras ficam mais cheias e a vegetação, mais florida.

ATRAÇÕES

Uma das atrações do parque são as pinturas rupestres, datando de 5 mil anos, de povos primitivos que viveram na região. Há também vestígios da antiga estrada construída por escravos no século 18.

O relevo acidentado propiciou a formação de diversas cachoeiras, como a da Farofa, que possui três quedas em um desnível de 270m; a última delas possui 80m. As cachoeiras da Usina de Congonhas são bastante procuradas para a prática de rapel. No Cânion das Bandeirinhas localiza-se a Cachoeira das Braúnas, com 65m. Ao redor do parque, na Área de Proteção Ambiental Morro da Pedreira, encontram-se as cachoeiras Véu da Noiva, de Baixo, Grande e dos Confins.

Suas inúmeras cachoeiras, rios, canyons, vegetação exuberante, paredões para prática de alpinismo, cavernas e trilhas para prática de "mountain bike" e caminhada também atraem os visitantes.

INFRA-ESTRUTURA

O Parque está aberto para visitação pública todos os dias de 8:00 às 17:00 h, Possui lanchonete, laboratório, áreas de camping, alojamento para pesquisadores e aluguel de cavalos e bicicletas. Fora do parque, é possível encontrar hotéis e pousadas bem equipadas em Serra do Cipó, distrito de Jaboticatubas. Não possui área de camping, mas em seu entorno podem ser encontradas várias áreas de camping, pousadas e hotéis.

OBJETIVOS ESPECÍFICOS DA UNIDADE

Proteger a fauna e flora provenientes da Cadeia do Espinhaço e particularmente da Serra do Cipó devido ao alto grau de endemismo de suas espécies; proteger as bacia de captação do rio Cipó, importante pelas suas cachoeiras e águas límpidas e preservar as belezas cênicas da região. Foi criado pelo Decreto n.º 90.223 de 25 de setembro de 1984.

 

Parque Nacional da Tijuca - RJ

 

A beleza natural do Rio de Janeiro é mundialmente conhecida. Mas o que nem todos sabem é que além das belas praias, no meio de toda a parafernália da cidade, existe uma floresta preservada, a maior do mundo em ambiente urbano. A Floresta da Tijuca não é original. Totalmente devastada para o plantio de cana e café, ela foi replantada em 1862. Hoje, guarda cachoeiras, trilhas, morros e até obras de arte. Mas sua importância está acima disso: a floresta é reguladora do clima da cidade maravilhosa e a prova de que o reflorestamento pode recuperar o que se perdeu.

O Parque Nacional da Tijuca foi criado em 1961 para preservar uma importante floresta urbana. Mas a preocupação com a região em questão vem de longe. No início do século XIX, após longo período de devastação para uso da madeira, lavouras de cana e café, a cidade começou a sofrer com a falta de água potável, pois sem a proteção da vegetação as mananciais começaram a secar. Por isso, a partir de 1862, D Pedro II ordenou o reflorestamento do local. Os 3200 hectares do parque apresentam amostra de Floresta Atlântica densa e formações de vales e montanhas.

CLIMA

O clima da região é tropical quente e úmido e temperado nas altitudes acima de 500 m. A temperatura média anual varia entre 22C e 24°C. O parque pode ser visitado o ano todo. O período mais seco, ideal para fazer trilhas, vai de junho a setembro. Porém, o verão oferece melhor visibilidade da cidade a partir dos mirantes. Recomenda-se a permanência mínima de dois dias.

ASPECTOS NATURAIS

O Maciço da Tijuca, que compreende um bloco isolado da Serra do Mar, abrange as serras de Três Rios e da Carioca e a Pedra da Gávea, com altitudes variando de 80 m a 1021m.

As formações de montanhas e vales apresentam em sua flora a Floresta Atlântica densa com mais de 900 espécies diferentes. Encontram-se árvores como jacarandás, óleos-pardo, arcos-de-pipa, nogueiras, embaúbas, eucaliptos, jaqueiras, ipês e até uma espécie não-nativa, o pinheiro-do-paraná. Raras orquídeas espalham-se pela floresta.

Mais de 230 espécies de animais e aves vivem dentro do parque, entre elas o macaco-prego, o quati, a cutia, o cachorro-do-mato, o sagüi-estrela, além do beija-flor e do sabiá.

 

Parque Nacional Itatiaia - RJ/MG

 

As formações rochosas que apontam para o céu receberam o nome de Agulhas Negras e se destacam na área montanhosa. Sempre atraíram alpinistas ansiosos por vencê-las.

Até mesmo a Princesa Isabel se encantou pelo local e tornou-se a primeira mulher a escalar o Pico das Agulhas Negras. O Pico está protegido pelo primeiro Parque Nacional brasileiro, que consegue sobreviver entre Rio de Janeiro, São Paulo e Minas Gerais. Hoje, os 30.000 hectares do parque possuem boa infra-estrutura e continuam fascinando muita gente.

ASPECTOS CULTURAIS E HISTÓRICOS

As terras que constituíram inicialmente o Parque do Itatiaia pertenciam ao Visconde de Mauá, e foram adquiridas pela Fazenda Federal em 1908 para criação de dois núcleos coloniais, que não foram bem sucedidos. Em 1929, criou-se no local uma Estação Biológica. Somente em 1937 foi criado o Parque Nacional do Itatiaia, o primeiro do Brasil. O nome Itatiaia é de origem indígena e significa "Penhasco Cheio de Pontas".

ASPECTOS NATURAIS

A área do parque é dividida em duas regiões distintas:

A parte baixa é coberta por Mata Atlântica, onde se encontram muitas árvores centenárias, como canelas, ipês, cedros e cabreúvas, e plantas ornamentais.

A parte alta é dominada por formações rochosas, com penhascos e encostas que formam o topo do planalto da Serra da Mantiqueira. O relevo acidentado e a presença de nascentes dão origem a diversas cascatas e cachoeiras.

CLIMA

O clima da região é mesotérmico, de verões brandos, sem estação seca definida. A melhor época para visitar a parte baixa do parque, formada por Mata Atlântica, vai de outubro a fevereiro. Para a parte alta, de relevo montanhoso, o melhor período é de junho a agosto. Porém, recomenda-se o acompanhamento de um guia já que a temperatura cai bastante.

ATRAÇÕES

O Parque Nacional de Itatiaia é uma ótima opção para os amantes do trekking e da escalada, ambos para os picos das Agulhas Negras (2.787m) e das Prateleiras (2.540m). Existem cerca de dez trilhas dentro do parque. Uma delas dura dois dias, partindo do Abrigo Rebouças, dando a volta nas Agulhas Negras, até a cidade de Visconde de Mauá.

Na parte baixa existem rios, cachoeiras (Véu de Noiva, Poranga e Itaporami) e piscinas naturais (Maromba e Lagoa Azul). O parque ainda abriga o Museu de História Natural e o Museu Regional da Fauna e Flora.

INFRA-ESTRUTURA

O parque funciona diariamente e é cobrada uma pequena taxa para entrar. A infra-estrutura é composta pelo Centro de Visitantes, auditório, museu, orquidário, ruas internas asfaltadas, além de abrigo para pequenos grupos em Agulhas Negras. A cidade de Itatiaia fica a 8 km do parque e possui hotéis bem equipados.

OBJETIVOS ESPECÍFICOS DA UNIDADE

Proteger amostras da Floresta Pluvial Atlântica Montana e amostras de ecossistemas de campos de altitude; conservar as belezas cênicas naturais representativas da Serra da Mantiqueira e recuperar, conservar e proteger a área do altiplano do Itatiaia. Foi criado pelo Decreto no. 1.713 de 14 de junho de 1937 e alterada pelo Decreto no. 87.586 de 20. de setembro de 1982

 

Parque Nacional da Serra dos Órgãos - RJ

 

Desde a época do Império, a região encanta quem por lá passa. Um dos que caiu em seus encantos foi o imperador D. Pedro I e, assim, Petrópolis se tornou a cidade imperial. A bela arquitetura da cidade não poderia ter melhor cenário do que a exuberante natureza da Serra dos Órgãos, que luta para sobreviver cercada por municípios de alta concentração populacional.

O Parque Nacional da Serra dos Órgãos foi criado em 1939, por influência de Getúlio Vargas. Seus 11.800 hectares protegem um importante cenário natural, bem próximo ao Rio de Janeiro, além de monumentos históricos.

CLIMA

O clima da região é tropical superúmido, com temperatura média anual de 19°C. A melhor época para praticar trekking vai de maio a agosto, pois o clima fica mais seco e facilita a caminhada. Para tomar banho nas cachoeiras e piscinas naturais, o período ideal é de novembro a fevereiro, porém deve-se tomar cuidado com as chamadas cabeças d`água, fortes enxurradas que atingem trechos próximos aos rios.

ASPECTOS NATURAIS

O relevo acidentado dos trechos mais altos da Serra do Mar é marcado por íngremes paredões, cujos pontos culminantes são a Pedra do Sino (2263 m) e o Dedo de Deus (1692 m), rodeados por densa vegetação. O relevo também favoreceu a formação de inúmeras cachoeiras.

A formação predominante é a floresta pluvial atlântica, representada por espécies de grande porte como o jequitibá, a canela-santa, o palmito e o jacarandá. A fauna é bastante diversificada, apresentando mamíferos como quatis, cutias e tamanduás-mirins, aves como a jacutinga e o ameaçado papagaio-de-peito-roxo, além de répteis.

 

Parque Nacional das Sempre Vivas - MG

 

O Parque Nacional das Sempre-Vivas possui 121.000 hectares e está situado em uma região rica em água, com cachoeiras e que se caracteriza pela existência de matas de galeria e campos de altitude, localizadas na Serra do Espinhaço. Seu nome refere-se às variadas espécies de “sempre-vivas”, que são pequenas flores típicas que só são encontradas nesta região. Merece destaque a ocorrência de sítio arqueológico pré-histórico, com um painel de pinturas rupestres.

ASPECTOS NATURAIS

A paisagem física da região é marcada por características extremamente heterogêneas. O mapeamento geológico feito para a região relaciona quatro grandes grupos geológicos: a planície aluvionar, a cobertura dendrito-laterítica, diques e soleiras metabásicas e o super grupo Espinhaço (formações rio Pardo e córrego Bandeira).

As seguintes formações podem ser identificadas na região: formações savânicas, floresta estacional semi-decidual, mata ciliar, floresta paludosa, vereda, campos hidromórficos, campos rupestres e lagoas marginais.

Entre os mamíferos há a ocorrência da onça-pintada e a onça-parda. Entre as aves observa-se a presença da arara-vermelha grande e da arara-canindé. Também há a presença da jaguatirica, lobo-guará, tamanduá-bandeira, tatu-canastra, catitu, lontra, veado-campeiro, entre outros.

CLIMA

A região apresenta clima tropical semi-úmido com temperatura média anual de 20ºC.

ATRAÇÕES

O Parque que será implantado com recursos oriundos de compensação por licenciamentos de atividades potencialmente impactantes do meio ambiente natural pelo Ibama, situa-se numa região riquíssima em água, com inúmeras cachoeiras e caracterizada pela presença de matas de galeria e campos de altitude, na Serra do Espinhaço.

OBJETIVOS ESPECÍFICOS DA UNIDADE

Assegurar a preservação dos recursos naturais e da diversidade biológica, bem como proporcionar a realização de pesquisas científicas e o desenvolvimento de atividades de educação, recreação e turismo ecológico. Decreto s/n, de 13 de dezembro de 2002.

 

Parque Nacional da Restinga de Jurubatiba - RJ

 

O Parque Nacional da Restinga de Jurubatiba é composta por uma faixa de areia de 44 km de extensão parecidas com outras restingas, mas o que a diferencia das demais é o fato de estar localizada numa área de transição ecológica e por possuir lagoas costeiras, que são fonte de matéria orgânica para os oceanos. A área do parque está localizada em região litorânea e possui aproximadamente 14.860 ha e é considerado um refúgio de muitas espécies de flora e fauna. O parque possui terreno arenoso e a sua maior parte é preservada desde a época do Descobrimento do Brasil.

ASPECTOS HISTÓRICOS E CULTURAIS

Esta região era habitada pelos índios Goytacases, povo que tinha tradição guerreira. Em Tupi-Guarani, o nome do Parque significa "terra de muitas palmeiras". Encontrando-se também com significado "terra de plantas espinhentas".

Em 1844 iniciou-se a construção do canal Campos/Macaé, que levou 27 anos para ser construído, utilizando-se mão-de-obra escrava. Este canal tinha a finalidade de escoar a produção agrícola de Campos através de exportação pelo porto de Macaé. Ele foi utilizado por apenas 4 anos, perdendo sua função com a chegada da ferrovia ao local. Hoje o canal, que é o segundo maior canal artificial do mundo (104 km de extensão), encontra-se sem uso.

ASPECTOS NATURAIS

A área abrange as planícies fluviais e planície marinha do litoral dos municípios de Macaé, Quissamã e Carapebus. Na área do Parque são identificados sete tipos de vegetação como vestígios do sertão nordestino e da Floresta amazônica e as clusias. Também se encontra alguns tipos de orquídeas e bromélias, sendo algumas ameaçadas de extinção.

É uma área importante de refúgio para muitas espécies, entre elas o papagaio chauá, já extinto em outras restingas, espécies endêmicas, como as borboletas e a belíssima borboleta da restinga. Há também aves aquáticas residentes; aves migratórias como os maçaricos de várias espécies; pequenas populações como garças, maguaris, carões, frangos de água, jaçanas, gaviões e outros, a cegonha brasileira, a lontra e o jacaré de papo amarelo.

CLIMA

A área possui um clima bastante homogêneo, com um tipo climático em que predomina o subúmido-seco, com grande excesso de água no verão, com calor bem distribuído todo o ano.

ATRAÇÕES

Uma das atrações do parque é o canal artificial de cem quilômetros entre Macaé e Campos, considerado o segundo maior do mundo em comprimento. O parque ainda conta com 18 lagoas, onde algumas são de água salgada e outras de água doce.

INFRA-ESTRUTURA

O parque possui alojamento para pesquisadores e laboratórios. Têm-se com opção de hospedagem a cidade de Macaé, que fica a 40 km com hotéis e restaurantes bem equipados; Quissamã e Carapebeus também possuem meios de hospedagem.

OBJETIVOS ESPECÍFICOS DA UNIDADE

Resguardar os atributos ambientais existentes nas restingas da região que abrange ecossistema de menor representatividade no sistema de unidades de conservação. Foi criado pelo Decreto s/n de 29 de abril de 1998.

 

Parque Nacional Grande Sertão Veredas - MG

 

Do real para os livros. A região e seu povo sábio e simples encantaram o escritor Guimarães Rosa, inspirando algum de seus personagens e obras como Grande Sertão: Veredas. Com paciência e atenção pode-se explorar uma das áreas mais selvagens do cerrado brasileiro.

A criação do Parque Nacional Grande Sertão Veredas, em 1989, está ligada a estudos realizados pela ONG Funatura - Fundação Pró-Natureza. Em parceria com o Ibama, a Funatura administra até hoje os 83.364 hectares do parque.

ASPECTOS CULTURAIS E HISTÓRICOS

O cenário do Parque Grande Sertão Veredas escapou por pouco de se transformar em monótona plantação de soja. A idéia de homenagear o escritor Guimarães Rosa e ao mesmo tempo proteger o ecossistema, formado por veredas e chapadões do cerrado, foram as premissas para a criação do Parque.

ASPECTOS NATURAIS

O parque está no Chapadão Central, divisor de águas das bacias dos rios São Francisco e Tocantins. A paisagem típica é a do cerrado, marcada pela presença de veredas.

A vegetação apresenta árvores de pequeno porte, como a peroba-do-campo, e matas de galeria. Uma espécie encontrada é o buriti. A fauna está representada pela ema, lobo-guará, tatu-canastra e tamanduá-bandeira.

CLIMA

O Clima é característico da região dos cerrados brasileiros, com temperatura média anual de 21C e com estação seca bem definida, ocorrendo durante os meses de setembro a novembro, e estação chuvosa entre dezembro e fevereiro. Sendo o mês mais frio normalmente o mês de Junho.

OBJETIVOS ESPECÍFICOS DA UNIDADE

Promover trabalhos de educação ambiental para as populações locais; preservar um ecossistema típico da região e facilitar a pesquisa neste ecossistema. Foi Criado pelo decreto n 97.658 de 12.04.1989 - Decreto s/n de 21.05.04 - Amplia limites do Parque.

 

Parque Nacional do Caparaó - MG/ES

 

O Parque Nacional do Caparão, criado em maio de 1961, e visa preservar parte da Mata Atlântica que ainda resta. Uma das principais atrações do Parque é o Pico da Bandeira, considerado em 1859 o ponto mais alto do país, quando D. Pedro II mandou hastear no topo uma bandeira. Provavelmente esta é a origem do seu nome.

Na verdade o Pico da Bandeira é o ponto mais alto em território brasileiro, com 2.890 metros, mas é o terceiro mais alto do país quando comparado aos picos da Neblina (3.014 metros) e 31 de Março (2.992 metros), que se localizam na fronteira do Brasil com a Venezuela, e, portanto, não são inteiramente nacionais. Com 26.000 hectares, é um importante ponto de preservação ambiental do Brasil.

ASPECTOS CULTURAIS E HISTÓRICOS

Conta-se que por volta de 1859, D. Pedro II determinou a instalação de uma bandeira do império no pico de altitude mais expressiva da Serra do Caparaó. Acredita-se que a origem da denominação "Pico da Bandeira", terceiro ponto em altitude do Brasil, deve-se a este fato.

O Parque foi também local de repercussão histórica e política no ano de 1967, tendo ocorrido a Guerrilha do Caparaó, iniciativa do movimento esquerdista brasileiro. O nome do Parque tem origem indígena-popular, que significa "Águas que Rolam das Pedras".

A lenda conta que "Ó" era o nome de um boi muito bravo que vivia dentro da área do Parque, sendo temido pelos boiadeiros da localidade. Um dia 3 destemidos boiadeiros subiram a serra e conseguiram laçar o "Ó" . Para comprovar o ato de bravura caparam o "Ó", ficando a região conhecida como Caparaó.

ASPECTOS NATURAIS

A característica mais marcante na paisagem da região é o grande desnível do relevo: quase 3.000m em 250km. Entre os altos picos da Serra do Caparaó, o da Bandeira é o culminante. O relevo acidentado deu origem a diversas cachoeiras e riachos.

Na face leste do maciço do Caparaó, situada no estado do Espírito Santo,

predomina a floresta tropical pluvial e na face oeste, no estado de Minas Gerais, conforme a altitude: até 1.800m, Floresta Tropical Pluvial; de 1.800 até 2.400m, campos de altitude com formações arbustivas; tropical pluvial; e acima de 2.400m, campos limpos incrustados entre os afloramentos rochosos

A vegetação se divide em Mata Atlântica nas encostas e campos rupestres nas partes mais altas. Encontram-se espécies como samambaias, quaresmeiras, ipês, canelas, palmeiras e jequitibás, entre outras. A fauna é representada por quatis, gambás, cachorros-do-mato, guaxinins, e os ameaçados, mono-carvoeiro, onças-pintadas, lobo-guará, o veado campeiro, jaguatirica e o gato-mourisco. Além de aves como a seriema, o gavião, a saracura, o jacu e o papagaio.

CLIMA

O clima da região é tropical de altitude, com temperatura média anual entre 19°C e 22°C, sendo, fevereiro mais quente, e julho mais frio. A pluviosidade está em torno de 1.000 mm anuais, e as maiores ocorrências de chuvas estão entre os meses de novembro a janeiro. O melhor período para caminhadas ao Pico da Bandeira é entre março a setembro, sendo o último o período mais seco.

ATRAÇÕES

Para quem gosta de caminhadas, este parque é uma ótima opção. Da portaria ao Centro de Visitantes são 6 km, passando pelo Vale Verde, a 1.200m de altitude, riachos e piscinas naturais. Estas últimas também são encontradas no Vale Encantado.

Belas vistas da região podem ser conseguidas nos mirantes como o do Tronqueira (1.970m) ou da Cachoeira Bonita, que é a maior do parque com 80m. Mas a melhor vista é obtida do alto do Pico da Bandeira, ponto culminante da Serra do Caparaó (2.890m) e terceiro pico mais alto do Brasil. Para chegar até o topo é preciso percorrer a trilha de 9km, que dura cerca de 4 horas. Muitos optam por subir durante a noite para ver o espetáculo do amanhecer do alto.

OBJETIVOS ESPECÍFICOS DA UNIDADE

O Parque Nacional da Serra do Caparaó foi criado em 1961 para proteger o Pico da Bandeira, espécies da fauna ameaçadas de extinção e as muitas nascentes e mata fluvial que o cercam distribuídos em 26.000 hectares.  Foi criado pelo decreto nº. 50.646 de 24 de maio de 1961.

 

Parque Nacional Cavernas do Peruaçú - MG

 

O Parque Nacional Cavernas do Peruaçú abriga mais de 140 cavernas, uma tribo indígena, os Xakriabás e mais de 80 sítios arqueológicos catalogados. Toda a área se desenvolveu ao longo do Rio Peruaçú, que é afluente do Rio São Francisco.

ASPECTOS CULTURAIS E HISTÓRICOS

A região do Parque era anteriormente denominada Fazenda Retiro/Morro do Angú. Há registro da presença humana no vale de aproximadamente 11.000 anos atrás. Pesquisadores da UFMG já encontraram vários esqueletos humanos nesta região.

O local foi habitado por populações pré-históricas há 11.000 anos, deixando inscrições rupestres nas grutas e cavernas. Logo após vieram os índios Xakriabás, cultivadores de fumo, milho, mandioca e feijão e que até hoje vivem na região.

ASPECTOS NATURAIS

A região do Parque era anteriormente denominada Fazenda Retiro/Morro do Angú. Há registro da presença humana no vale de aproximadamente 11.000 anos atrás. Pesquisadores da UFMG já encontraram vários esqueletos humanos nesta região.

CLIMA

Região de clima quente tem seu período mais seco entre os meses de abril e outubro.

ATRAÇÕES

As maiores atrações são as inscrições rupestres nas grutas e cavernas encontradas no parque, que foram deixadas pelas populações pré-históricas há 11.000 anos.

OBJETIVOS ESPECÍFICOS DA UNIDADE

Proteger o patrimônio geológico e arqueológico, amostras representativas de Cerrado, Floresta Estacional e demais formas de vegetação natural existentes, ecótonos e encraves entre estas formações, a fauna, as paisagens, os recursos hídricos, e os demais atributos bióticos e abióticos da região. Foi criado pelo do Decreto s/n de 21 de setembro de 1999.

 

REGIÃO NORTE

 

Parque Nacional da Ilha de Marajó - PA

 

A Ilha de Marajó é a maior ilha fluviomarinha do mundo, palco da mais famosa pororoca do mundo e fenômeno de formação de ondas gigantescas no encontro da águas. Ela pode ter sido o primeiro ponto do território brasileiro a ser visitado pelos europeus dois anos antes da expedição portuguesa chegar a Cabrália, mas se o cartógrafo e navegador Duarte Pacheco Pereira passou mesmo por aqui, se fez despercebido. De acordo com o Tratado de Tordesilhas, pisava em território espanhol.

Marajó foi habitado por diversas tribos indígenas, dentre eles, os aruãs, tribo mais numerosa e mais valente, de onde foram expulsos pelos Caraíbas. Os índios encontravam na ilha o ambiente ideal para viver e trabalhar a sua arte de desenhos geométricos, que hoje é distribuída pela Europa e América do Norte. A ilha também se destaca por sua cultura, danças do carimbo e lundu e a cerâmica marajoara, além de também ser conhecida como a terra dos búfalos, devido a enorme população de búfalos, que é maior do que a de habitantes.

CLIMA

O clima na Ilha é de chuva, muita chuva. Portanto, a melhor época para se visitar a Ilha vai de junho a janeiro, período em que não chove tanto, tornando os passeios mais fáceis de serem praticados. Nos outros meses, a Ilha fica praticamente alagada, devido ao imenso volume de chuva.

ASPECTOS NATURAIS

Pouco conhecida, a Ilha de Marajó é um dos mais preservados santuários ecológicos da Amazônia, tendo como meios de transporte mais comuns, pesando cerca de meia tonelada, o búfalo. Suas belezas naturais se dividem entre a planície coberta de savana e as densas florestas. Praias de rio, lagos de diversos tamanhos, igarapés, dunas, florestas e uma rica fauna fazem da Ilha de Marajó um dos maiores santuários ecológicos.

Os cenários são transformados de seis em seis meses, devido a grande quantidade de chuva, principalmente no primeiro semestre, quando as matas e os campos ficam embaixo das águas. No segundo semestre, o período da seca acaba e a visitação se torna mais favorável pela melhor observação dos animais e da vegetação. Praias com dunas claras, praticamente inexploradas são o grande atrativo.

 

Parque Nacional de Viruá -RR

 

Situado na margem esquerda do Rio Branco (RR), o Parque Nacional Viruá foi criado em abril de 1998. Recebeu este nome devido ao igarapé de mesmo nome, com sua nascente no interior do parque. Vizinho das estações ecológicas de Caracaraí e Niquiá, é um santuário de aves e animais que demarcam seu território na planície inundável cercada pela densa Floresta Amazônica.

A criação da unidade foi estimulada pela implementação destas duas estações ecológicas, de Caracaraí e Niquiá, na década de 80, pela extinta Secretaria Especial do Meio Ambiente (SEMA). Além disso, o fato de seu solo revelar falta de aptidão para atividades agrícolas ou pecuárias, contribuiu bastante.

A unidade ganha destaque por situar-se em uma importante zona conhecida como Fronteira Guiana-Brasil, região em que é prioritária a implantação de unidades de conservação na Amazônia. Apesar de seu grande potencial ecoturístico, a unidade não está aberta para visitação e não possui infra-estrutura.

CLIMA

O clima tropical, quente e úmido, apresenta pequena estação de seca, com maior quantidade de chuvas no outono, e temperatura média anual em torno de 32°C. A unidade está sempre úmida, sendo que tanto com as temperaturas como com as chuvas, sofre um mínimo de variação anual.

ASPECTOS NATURAIS

A região é, sem dúvida, privilegiada. Exibe ambientes com variadas características, como Campos, Cerrados, Florestas Densas e Abertas. Na sua maior parte, a área possui superfície praticamente plana, com predomínio de solos arenosos, e grande quantidade de lagoas. Na sua porção norte, ocorrem alguns morros com altitudes baixas e, em sua extensão oeste, delimitada pelo rio Branco, há as planícies inundáveis, que também são vistas em seu lado sul ao longo do rio Anauá. Já existe uma grande quantidade de espécies registradas, como as aves migratórias tuiuiu e a águia pescadora, aves relacionadas a ambientes encharcados como a garça branca, o socó-boi, a jaçanã. Há ainda animais em extinção como a onça pintada, a suçuarana, a anta entre outras.

 

Parque Nacional de Jaú - AM

 

Uma região com trechos em que homem nenhum pisou, está no coração da floresta que mais chama a atenção do mundo, a Floresta Amazônica. Certamente ela reserva muitas surpresas, que pesquisadores e cientistas já estão tentando descobrir. Espécies raras de animais e plantas e fenômenos desconhecidos não são os únicos interesses desses cientistas. A sabedoria cabocla colabora com a ciência, pois é o melhor instrumento para se penetrar nesta fascinante região.

Com 2.272.000 hectares o Parque Nacional do Jaú é o maior parque nacional brasileiro e a maior área florestal tropical contínua do mundo. Criado em 1980, ficou por muito tempo no papel, protegido apenas pelo acesso difícil. A partir de 1.993 a Fundação Vitória-Régia, uma organização não-governamental, iniciou uma série de pesquisas na região.

Aspectos culturais e históricos

A região do Parque foi o primeiro pólo de colonização na Amazônia por indígenas, marcado por batalhas pela posse do território. Por outro lado têm-se relatos de achados de cerâmica e pretóglifos escritos em pedra.

ASPECTOS NATURAIS

Cortado pelo Rio Jaú e protegendo a maior bacia de águas pretas do mundo, a do Rio Negro, o Parque Nacional do Jaú está localizado no Planalto Rebaixado da Amazônia Ocidental. De relevo diversificado, abrange colinas, igapós, igarapés, planícies, áreas inundáveis e matas de terra firme.

Em sua biodiversidade tropical riquíssima existem sete tipos de vegetação amazônica. Nas áreas inundáveis das margens dos rios estão espécies como o açaizeiro e a palmeira, também encontrada nas áreas aluviais, ocasionalmente inundadas. Os terrenos de maior altitude abrigam os aburtos: amapá-doce, jarana e mangarana. Castanheiras-do-pará, maçarandubas, angelins-rajados e sucupiras são só algumas das espécies presentes na área de floresta tropical mais densa.

O parque possui 60% das espécies de peixes catalogados na Bacia do Rio Negro, destacando-se o tucunaré, o tambaqui e o pirarucu. Mais da metade das espécies de répteis típicas da região é encontrada ali. As grandiosidades do Jaú não param por aí: abriga a maior variedade de aves da Amazônia Central e diversas espécies de mamíferos como a suçuarana, o gato-do-mato, a jaguatirica, a onça-pintada, além do peixe-boi, a ariranha e o misterioso boto.

CLIMA

O clima é típico de florestas tropicais, constantemente úmidos. O período mais chuvoso e, portanto, menos indicado para visitas, vai de dezembro a abril e menos chuvoso entre julho e setembro.

ATRAÇÕES

Além da observação das ricas fauna e flora pode-se visitar as diversas cachoeiras isoladas, como a do Miratucu, e as praias formadas nas margens do Rio Jaú. Entre as bacias dos rios Negro e Japurá encontra-se o maior lago amazônico, o Amanã, com 45 km de extensão e 3 km de largura.

Dentro do parque existem cerca de 160 famílias de caboclos ribeirinhos, vivendo da pesca, da roça de mandioca e da coleta de frutas e cipó. O principal vilarejo é Seringalzinho, onde está a única escola do Rio Jaú. Morando ali há muitas gerações, eles são profundos conhecedores da região e os melhores guias.

Próximos ao parque, em Manaus, existem vários atrativos históricos e culturais para serem visitados.

INFRA-ESTRUTURA

Devido às diversas pesquisas feitas nos últimos anos, o Parque Nacional do Jaú possui Centro de Visitantes, alojamento para pesquisadores e atracadouro de barcos. Para quem deseja mais conforto, há a opção de ficar em Manaus, que possui uma excelente infra-estrutura e fica a apenas 6 horas de lancha do parque.

OBJETIVOS ESPECÍFICOS DA UNIDADE

Preservar os ecossistemas naturais englobados contra quaisquer alterações que os desvirtuem, destinando-se a fins científicos, culturais, educativos e recreativos. Foi criado pelo Decreto n.º 85.200 de 24 de setembro 1980.

 

Parque Nacional da Serra da Mocidade - RR

 

É uma das regiões de maior diversidade biológica da Amazônia, por ser uma zona de transição entre dois biomas distintos, formada por terrenos alagáveis da bacia do Rio Branco e trechos de terra firme sobre rochas Pré-Cambrianas. O nome ao Parque originou-se das belezas cênicas da serra existente no local. Ao noroeste, a unidade faz interface com a reserva dos povos indígenas Yanomami.

CLIMA

O clima da Serra apresenta pequena estação de seca, é constantemente úmido, sendo que as temperaturas e as chuvas sofre um mínimo de variação anual, mantendo-se em nível elevado.

ASPECTOS NATURAIS

São encontrados quatro tipos de vegetação dentro dos limites do Parque: campinarana gramíneo-lenhosa, campinarana florestado, floresta ombrófila aberta sub-montana e floresta ombrófila densa sub-montana. Além dessas, existem zonas de mosaicos complexos entre campinaranas e floresta ombrófila.

 

Parque Nacional do Monte Roraima - RR

 

Nas fronteiras entre o Brasil, Venezuela e a Guiana existem montanhas únicas no planeta, formadas há milhões de anos. Os tepuis, como são chamadas pelos índios, são imensos platôs com 3 mil metros de altitude. Lá o tempo não existe. O que existem são lendas e mistérios encobertos pela neblina que envolve os tepuis, assustando e fascinando homens há tempos. Esse clima de mistério levou o escritor inglês Conan Doyte, o criador de Sherlock Homes, a escrever a ficção "O Mundo Perdido".

O Monte Roraima, um dos pontos culminantes do Brasil com 2.875m, é a morada do Deus Macunaíma, segundo a lenda dos índios caribés para explicar sua formação e a diversidade de ecossistemas das savanas amazônicas. Para protegê-lo foi criado em 1989 o Parque Nacional do Monte Roraima abrigando 116.000 hectares.

ASPECTOS CULTURAIS E HISTÓRICOS

Antes da criação do Parque já existia uma área indígena nas terras ao redor, que se denomina Ingaricó. O Monte Roraima é considerado pelos indígenas venezuelanos (Pémons) e brasileiros (Ingaricó e Macuxi) como "A Casa de Macunaima"; os Pémons ainda o chamam de "Madre de todas las Águas".

O primeiro homem branco a conhecer o Monte Roraima foi o inglês Sir Walter Raleigh que no final do século XVI, estando em busca de tesouros, embrenhou-se pelas Antilhas e cruzou a floresta na região da Guiana.

Raleigh teria chegado apenas à base do Monte. Mesmo assim coletou material suficiente para escrever a obra que denominaria Montanha de Cristal. Mais tarde, chegaria lá outro inglês, o botânicao Everard Im Thum. Este sim, subiu ao cume do Morro e deixou relatórios detalhados de sua expedição, que além de serem publicados na National Geografic, inspiraram o escritor Conan Doyle a escrever "O Mundo Perdido", publicado no início deste século.

ASPECTOS NATURAIS

O Monte Roraima faz parte do Maciço Paracaíma, que começou a surgir há cerca de 1,8 bilhões de anos. A área do parque é toda coberta por formações de Floresta Amazônica abrigando uma grande diversidade de fauna e flora.

O mais interessante é que no parque existem várias espécies endêmicas. Flores e bromélia incrementam ainda mais a paisagem da região e devido a sua recente criação, ainda não há um completo levantamento da fauna e flora do local.

CLIMA

O clima da região é tropical quente e úmido, com temperatura média anual entre 24°C e 26°C. A época menos chuvosa, em que as trilhas ficam melhores, vai de dezembro a março. Nos períodos chuvosos, a viagem se torna uma grande aventura, mas em compensação as cachoeiras formadas nos tepuis ficam espetaculares. Em qualquer época, faz frio à noite em cima do platô.

ATRAÇÕES

Espécies vegetais exóticas, algumas endêmicas da região, integram a paisagem já curiosa pelas estranhas formações rochosas que lembram dinossauros. Esse cenário povoou o imaginário dos rimeiros conquistadores do Roraima, com lendas e medos. Eles acreditavam que ali viviam monstros e dinossauros.

Um grande espetáculo são as cachoeiras que despencam dos temuis. Uma delas, o Salto Angel, é a maior queda d’água do mundo com 979 metros. Devido às constantes chuvas, a região possui inúmeras pequenas lagoas e rios, como o Cotingo. O parque não está aberto à visitação pública.

OBJETIVOS ESPECÍFICOS DA UNIDADE

Proteger amostras dos ecossistemas da Serra Pacaraíma, assegurando a preservação de sua flora, fauna e demais recursos naturais, características geológicas, geomorfológicas e cênicas, proporcionando oportunidades controladas para visitação, educação e pesquisa científica. Foi criado pelo Decreto n° 97.887 de 28 de junho de 1989.

 

Parque Nacional Montanhas do Tumucumaque - AP/PA

 

O Parque Nacional Montanhas do Tumucumaque possui uma área de 3.867.000 hectares e é considerado um dos maiores patrimônios da Amazônia, a maior unidade de conservação do Brasil e a maior área protegida de floresta tropical do mundo.

Na região foram descobertas centenas de espécies da flora e da fauna. O relevo do parque é plano, mas existem duas áreas que são compostas pela Serra do Tumucumaque e a Serra Lombarda, que são montanhas rochosas. O Parque é o maior parque nacional do Brasil e a maior unidade de conservação de Floresta Tropical do Mundo.

ASPECTOS NATURAIS

Na porção centro-norte do parque a floresta é de alto porte e cobertura uniforme, com núcleos esparsos de árvores emergentes. As espécies que mais se destacam são: maçaranduba, maparajuba, cupiúba, jarana, mandioqueira, louros, acapu, acariquara, matamatás, faveiras, abioranas, tauari e tachi.

Na região da Serra Lombarda, porção leste da área proposta, a floresta é exuberante e rica nas áreas de relevo residual, com porte alto e espécies emergentes. São características desta área os matamatás, breus, abioranas, cupiúba, jarana, acariquara e maçaranduba. Algumas espécies constituem grupos gregários nesta região, como acapu, apazeiro, cedrorana, pracachi, piquiá, tauari, e outras.

No bloco oeste da área do parque, a floresta densa, com árvores emergentes, domina as porções mais movimentadas do relevo local (a serra do Tumucumaque). Ela varia entre floresta de alto porte, com predominância de angelim-pedra, maçaranduba e sorva e floresta de baixo porte, com bastante faveiras, quarubas e matamatás.

Também é possível observar afloramentos rochosos com vegetação de arbustos e gramíneas (carrasco). Nos morros do tipo "pão-de-açúcar" a vegetação é esparsa e com predominância de bromeliáceas e cactáceas.

Tumucumaque tem uma fauna muito rica e pouco estudada, que vai desde espécies espetaculares de mamíferos, como os grandes carnívoros (a onça e a sussuarana) e primatas raros (cuxiu), cujas populações estão bastante reduzidas em outras regiões até as araras, marianinhas, jacus, beija-flores multicoloridos, como o beija-flor-brilho-de-fogo e grandes pássaros frugívoros da copa da floresta, tais como o anambé-militar, o pássaro-boi e o gainambé.

CLIMA

É região de clima quente e úmido com temperatura média de 25ºC.

ATRAÇÕES

Para quem optar sobrevoar o parque, poderá visualizar o encantador, longo e extenso tapete verde de copas de árvores e os desenhos que os rios Araguari, Oiapoque, Amapari e Jarí, formam na mata espalhando vida por onde passam. O parque também possui uma rica fauna, que apesar de pouco estudada, é uma grande atração. O parque ainda não possui infra-estrutura. As cidades de apoio são: Pedra Branca, Serra do Navio, Laranjal do Jarí, Oiapoque e Calçoene, todas possuem meios de hospedagem e restaurantes.

OBJETIVOS ESPECÍFICOS DA UNIDADE

Assegurar a preservação dos recursos naturais e da diversidade biológica, bem como proporcionar de pesquisas científicas e o desenvolvimento de atividades de educação, de recreação e turismo ecológico. Criado pelo Decreto s/n de 22 de agosto de 2002.

 

Parque Nacional de Pacaás Novos - RO

 

As leis de proteção ambiental não conseguiram sair efetivamente do papel para chegar à Amazônia Oriental. Quem já chegou por lá, apesar do difícil acesso, foram as queimadas, os desmatamentos e a impunidade dos exploradores. As terras dos antigos índios uru-eu-uau-uau e uru-pan-in são, na verdade, terras de ninguém onde estão guardadas belezas naturais ameaçadas pela cobiça do homem.

Em 1979 foi criado o Parque Nacional de Pacaás Novos com o intuito de proteger um importante refúgio ecológico da Bacia Sedimentar Amazônica. A área de 764.801 hectares coincide com o território dos índios uru-eu-uau-uau e uru-pan-in, cujos primeiros contatos pacíficos com o homem branco só foram feitos no início da década de 80.

CLIMA

O clima é tropical quente e úmido com temperatura média anual entre 24 e 26°C, ocorrendo o período de maior precipitação durante os meses de novembro a março. O melhor período para visitação vai de junho a agosto, sendo o mais seco.

ASPECTOS NATURAIS

O relevo do parque chega a lembrar o das chapadas brasileiras, apresentando muitas grutas, cachoeiras - algumas com até 50 m de altura - e uma rica rede hidrográfica, abrigando as cabeceiras dos principais rios da região (Madeira, Mamoré e Guaporé). O ponto mais alto do Estado, o Pico do Tracoá (1230 m) encontra-se nos limites de Pacaás na serra de mesmo nome. Outras duas serras, a do Uopianes e a dos Pacaás Novos estão presentes, recobertas por mata densa.

Estando em uma área de transição entre Floresta Amazônica densa e o Cerrado, exibe espécies como a seringueira, o ipê-amarelo, a castanheira, a palmeira babaçu, além de samambaias, periquiteiras e ipês na área de Cerrado.

Sua fauna possui onças-pintadas, bugios, tamanduás-bandeira e macacos-da-noite representando os mamíferos. Entre as aves, estão papagaios, tucanos e araras ameaçadas de extinção.

 

Parque Nacional do Cabo Orange - AP

 

Para além do Oiapoque, no Amapá, está uma região tão selvagem quanto ameaçada. A região foi alvo de disputa entre portugueses e franceses por mais de dois séculos. Os portugueses saíram vitoriosos, mas quem ganhou mesmo fomos nós por termos em território brasileiro uma paisagem tão rica. É uma pena que essa riqueza natural não baste ao homem. Em busca de dinheiro, o homem caça e devasta indiscriminadamente pondo em risco um dos verdadeiros tesouros brasileiros. Em 1980 o governo transformou 619.000 hectares do extremo norte do Amapá, na fronteira com a Guiana Francesa, no Parque Nacional do Cabo Orange.

O Parque também faz limites com uma aldeia indígena, abrigando uma pequena vila de pescadores chamada Tapereba. Ali, na desembocadura do Rio Oiapoque, a exuberância vegetal dos manguezais contrasta com a simplicidade da pequena população dessa vila de pescadores que a cada dia luta para sobreviver.

CLIMA

O clima é tropical quente e úmido, com temperatura média anual variando entre 24°C e 26°C. O período seco vai de setembro a dezembro. No restante do ano, chove bastante e a BR-156 fica com o acesso mais dificultado.

ASPECTOS NATURAIS

Os campos de planície predominam no parque, apresentando extensos manguezais com alta taxa de sanilidade nas águas próximas ao Oceano Atlântico. Dois rios cortam a região: o Uaça e o Caciporé, em cuja foz há um trecho de densa Floresta Tropical, praticamente inacessível.

As espécies vegetais mais comuns nos manguezais são as siriúbas, o mangue-vermelho e o mangue-amarelo. Já nos campos encontramos o capim-arroz, o buriti, o caimbé e o mururé.

Entre as aves estão o guará, o flamingo e a garça-branca-grande. Representando os mamíferos temos o peixe-boi-marinho, quase extinto, a onça, a lontra, o guaximim, o macaco-de-cheiro, a ariranha, o veado-campeiro, entre outros. O boto sumiu da águas da região.

A fauna, típica da região, possui várias espécies de tartaruga-marinha, além do ameaçado peixe-boi. Sem contar com as aves em extinção, como o guará e o flamingo.

 

Parque Nacional da Serra da Cutia - RO

 

Com o objetivo de preservar mais uma parte dos ecossistemas Amazônicos, foi criado, em agosto de 2001, o Parque Nacional Serra da Cutia, no Estado de Rondônia. Apesar de suas condições naturais serem propícias para o desenvolvimento de pesquisa científica, programas de educação ambiental e de turismo ecológico, a unidade ainda não está aberta para visitação e não possui infra-estrutura turística.

CLIMA

A região apresenta clima Equatorial úmido com temperatura média anual de 25ºC e precipitação de 1750 a 2250 mm por ano.

ASPECTOS NATURAIS

Com uma área aproximada de 283.611 hectares, apresenta um relevo diversificado com, a oeste, Depressão do Guapré e Planícies fluviais, e, a leste, a Depressão da Amazônia.

A vegetação também é bem heterogênea, e apresenta áreas de Cerrado e áreas de Formação Pioneira, com vegetação influenciada por rios e lagos, além de áreas tensão ecológica entre a Floresta e o Cerrado. O visual é bem variado: ou totalmente aberto com predomínio de vegetação herbácea, ou mais fechado pelas altas e complexas Florestas.

O parque possui uma rica diversidade de aves, e já foi registrada a ocorrência de 459 espécies de aves, muitas delas próprias da região.

 

Parque Nacional da Amazônia - PA /AM

 

O Brasil é um país vasto e de paisagens diversificadas. Um dos lugares mais desconhecidos é ainda a Floresta Amazônica, que ocupa toda a região Norte. Descobrir seus segredos e desvendar seus mistérios é uma tarefa difícil que vem ocupando pessoas há muito tempo. Protegê-la é um desafio e uma necessidade para que se preserve uma das regiões mais bonitas e ricas do planeta.

Os 994.000 hectares do Parque Nacional da Amazônia guardam uma boa amostra da rica diversidade da Floresta Amazônica. Criado em 1974, ele surgiu no contexto do Programa de Integração Nacional do governo militar, cujo principal projeto era a construção da Transamazônica. A existência de índios em algumas áreas dificultou a criação de parques e reservas.

ASPECTOS NATURAIS

O Parque está localizado sobre uma planície sedimentar, com trechos inundáveis às margens do Rio Tapajós. Diversos pequenos rios e igarapés deságuam no Tapajós, formando corredeiras, praias e bancos de areia. Sua área é coberta por floresta úmida com árvores de grande porte: seringueira, freijós, jacarandás e a imponente castanheira, entre outras. Na zona de matas aluviais está a maior representante da flora amazônica, a vitória régia, que pode chegar a ter 2 metros de diâmetro.

A fauna riquíssima abriga uma grande diversidade de mamíferos como o tamanduá-bandeira, o cachorro-do-mato, o tatu-canastra e a onça-pintada. Possui mais de 250 espécies de aves, algumas delas ameaçadas de extinção, como o urubu-rei e a águia-real. Suas águas não deixam por menos, encontrando-se ali uma grande variedade de peixes.

Os mais famosos são o pirarucu e o tucunaré. A ariranha, a lontra, o peixe-boi e o boto são algumas das espécies que habitam os rios e o imaginário popular. Não bastasse tudo isso, a região ainda guarda centenas de répteis e insetos exóticos, como o maior besouro do mundo.

OBJETIVOS ESPECÍFICOS DA UNIDADE

Preservar vários ecossistemas amazônicos naturais, com a finalidade científica, educativa e recreativa. Foi criado pelo Decreto n° 73.683 de 19.02.74 e alterado pelo decreto 90.823 de 18 de janeiro de 85.

 

Pico da Neblina - AM

 

O segundo maior parque brasileiro, com 2,2 milhões de hectares, foi criado em 1979, durante o governo do general Figueiredo, juntamente com os outros parques amazônicos.

Até 1954, o Pico da Bandeira, no Parque Nacional do Caparaó (MG), era considerado o ponto mais alto do Brasil. Neste ano foram descobertos o Pico da Neblina e o 31 de Março, os dois mais altos. Muitos anos depois foi criado o segundo maior parque nacional do país para proteger uma região onde certamente a natureza se apresenta selvagem.

CLIMA

O clima da região é tropical superúmido, com temperatura média anual de 25ºC. As condições climáticas são bastante peculiares e não existe estação seca. Os meses mais chuvosos vão de agosto a novembro. É difícil escapar de chuvas fortes, na ida e na volta.

ASPECTOS NATURAIS

Dois picos destacam-se na Serra do Imeri, o da Neblina (3014 m) e o 31 de Março (2992 m), os dois mais altos do Brasil. Ambos, assim como toda a região, são cobertos por densa mata.

A flora é bastante diversificada, apresentando formações de campirana ou Caatinga do Rio Negro, com espécies como pau-amarelo, e casca-doce. As encontradas na floresta densa são o mandioqueiro-azul, o tamaquaré e a quaruba-cedro, entre outras.

A fauna é extremamente diversificada, com várias espécies ameaçadas de extinção como a onça-pintada, o uacari-preto e o cachorro-do-mato. Há muitas aves, entre elas, tucanos e gaviões

 

Parque Nacional da Serra do Divisor - AC

 

No extremo noroeste do país, existe uma área da floresta amazônica que o homem ainda nem conseguiu tocar. A própria natureza criou barreiras que dificultam o acesso e assim ela se mantém protegida. Seus ecossistemas intocados fazem dela uma importante região que precisa continuar preservada, na última porção dentro do território brasileiro antes da fronteira com o Peru.

O Parque Nacional da Serra do Divisor foi criado em 1989, durante o governo Sarney, em um contexto de pressão internacional de ambientalista e defensores dos povos da floresta. Seus 843.000 hectares protegem a parte mais ocidental da Amazônia.

CLIMA

O clima da região é tropical, quente e úmido, com temperatura média anual de 24°C. Os meses mais secos são agosto e setembro. O Parque pode ser visitado sem restrição durante o ano todo.

ASPECTOS NATURAIS

Os ecossistemas encontrados no parque ainda não foram alterados pelo homem. O nome Divisor é pelo fato da localização do parque, no trecho que divide as águas entre as bacias hidrográficas do Vale do Médio Rio Ucayali (Peru) e do Alto Rio Juruá. As serras apresentam regiões alagadas, igapós, igarapés e lagos fluviais.

A fauna local apresenta, segundo alguns estudos, cerca de 30 espécies ameaçadas, além de 485 espécies diferentes de pássaros

 

Parque Nacional do Araguaia - TO

 

A região dos rios Araguaia e Javaés é palco da transição entre dois importantes ecossistemas: o Cerrado e a Floresta Amazônica. Entre os dois rios está a maior ilha fluvial do mundo, a Ilha do Bananal. Mas este palco também abriga uma triste e comum realidade de nosso país: a devastação da vegetação para dar lugar a pastos de gado. Enquanto o governo faz vistas grossas à situação, os fazendeiros negociam com os índios tão influenciados pela cultura branca.

ASPECTOS CULTURAIS E HISTÓRICOS

Na década de 60, o governo JK tinha metas para ocupação e desenvolvimento da região Centro-Oeste. Para tanto criou uma reserva ambiental na Ilha do Bananal, onde viviam, e ainda vivem, os índios carajás e javaés. Mas foi em 1983 que a reserva se transformou em Parque Nacional do Araguaia, com 562.312 hectares abrigando uma extensa rede de drenagem e amostras de dois ecossistemas, a Floresta Amazônica e o Cerrado.

ASPECTOS NATURAIS

Ocupando um terço da extensa Ilha do Bananal, o Parque Nacional do Araguaia está sobre uma planície alagável. Além de lagos, rios, brejos e florestas, 60% do território é ocupado por campos. Por causa do regime das águas que periodicamente inundam a região formando uma extensa rede de drenagem, o ecossistema pode ser comparado ao do Pantanal.

Abrigando Cerrado, Floresta Amazônica e Pantanal, o parque apresenta uma grande biodiversidade de flora (campo, cerradão, matas ciliares, matas de igapó e floresta pluvial tropical) e fauna.

Entre os animais, encontramos o cervo-do-pantanal, o tamanduá-bandeira, a onça-pintada, a ariranha (ameaçada de extinção) e uma série de aves, como a arara-azul, a harpia e o gavião-real. As águas do parque guardam peixes de grande porte (pirarucu, pintado e tucunaré) e muitas piranhas. Entre os répteis estão o jacaré-açu, cobras e tartaruga-da-amazônia.

CLIMA

A região apresenta clima quente, semi-úmido, com temperatura média anual variando entre 8 e 42 graus. Os meses mais quentes são setembro e outubro, e os mais frios junho e julho. O período de chuva vai de novembro a março.

ATRAÇÕES

Os animais e a vegetação são o maior atrativo do parque. A espécie mais representativa e que vem recebendo uma atenção especial é a tartaruga-da-amazônia. O projeto Quelônios, do Ibama, já conseguiu devolver milhares de filhotes desta espécie às águas. Outra atração são as praias formadas nas margens dos rios Javaés e Araguaia no período de seca.

O Parque Indígena do Araguaia, sob a responsabilidade da Funai, abriga índios Carajás e Javaés em 1.600 km². Apesar de ter o artesanato como principal fonte de renda, esses índios tiveram sua cultura bastante modificada pelo contato com os brancos.

Acompanhados por funcionários é possível percorrer estradas e caminhos existentes próximos à sede, fazer excursões terrestres e fluviais na porção oeste da unidade, observar e fotografar diferentes ambientes e paisagens, grupos de animais, bem como espécies raras da flora. Nas proximidades do Parque Indígena do Araguaia há excelentes pontos de observação astronômica e ainda pode-se ver o pôr-do-sol e praias fluviais no período de seca.

INFRA-ESTRUTURA

O parque possui alojamento para visitantes e tem como cidades de apoio a Lagoa da Confusão, a 60 km do parque; Santa Terezinha, que fica a 15 minutos de lancha e possui pequenos hotéis e pousadas e por último a cidade de Paraíso do Tocantins, a 205 km, com um hotel bem equipado.

OBJETIVOS ESPECÍFICOS DA UNIDADE

Proteger uma amostra do ecossistema de transição entre o Cerrado e a Floresta Amazônica e de uma porção da Ilha do Bananal. Foi criado pelo Decreto N.º47.570 de 31.12.1959 e alterado pelos seguintes Decretos: n.º 68.873 de 05.07.1971; n.º 71.879 de 01.03.1973 e n.º 84.844 de 24.06.1980

 

 REGÃO NORDESTE

 

Parque Nacional da Chapada Diamantina - BA

 

O sertão baiano já foi mar, há mais de 600 milhões de anos. A velha imagem do sertão é bem diferente nestas terras que um dia estiveram forradas de pedras preciosas. A diversidade de paisagens deslumbrantes presentes em um mesmo lugar impressiona: grutas, cachoeiras, morros exuberantes, além de cidades históricas fazem da Chapada Diamantina um dos destinos mais originais do Brasil.

ASPECTOS CULTURAIS E HISTÓRICOS

Com o surgimento do ciclo da mineração principalmente do diamante, na Chapada Diamantina, apareceram vários povoados. Na mesma época, o plantio de café e algodão produziu o surgimento do coronelismo, o qual dominou a região e suscitou o surgimento de muitas lendas. Dentre estas as mais difundidas são a da Moça Loura e a do escravo “Pai Inácio”.

ASPECTOS NATURAIS

O relevo montanhoso apresenta formações características de chapadas, abrangendo a Serra do Sincorá, com altitudes variando de 400m a 1.200m. Essa diferença de altitude contribui para a biodiversidade da região, incrementada por um microclima de temperaturas agradáveis. Diversos cursos de água atravessam esse cenário criando saltos e cachoeiras.

A vegetação do parque se divide em campos rupestres, campos gerais e densas matas de galeria. As espécies mais encontradas são; o gravatá-de-cacho, a unha-de-vaca, orquídeas e bromélias.

Entre os animais, encontramos o quati, a cotia, a capivara, a onça-pintada e a suçuarana, além de répteis como a jibóia e a sucuri. Diversas aves habitam a região: periquitos, curiós e araras.

CLIMA

O clima da região é tropical, com temperatura média anual entre 22°C e 24°C. O parque pode ser visitado o ano todo. O período mais seco vai de agosto a outubro. Durante o verão as chuvas são abundantes, sendo mais concentradas entre os meses de novembro e janeiro. Nessa época as cachoeiras ficam mais cheias.

ATRAÇÕES

Difícil mesmo é arrumar tempo para conhecer todas as atrações do parque. Cachoeiras de todos os tipos estão dentro de seus limites, inclusive a impressionante Cachoeira da Fumaça, que despenca de um paredão de 400m de altura. Para chegar até seu poço e depois subi-la, há um trekking de 3 dias. Aqui também está uma das caminhadas mais bonitas do país, o trekking do Vale do Pati.

Algumas atrações ficam fora dos limites do parque, mas são imperdíveis. O cartão postal da região é o Poço Encantado, uma gruta com um lago azul. Poço Azul, Gruta da Pratinha, Gruta Azul são similares. Gruta do Lapão e Gruta da Lapa Doce apresentam formações interessantes.

Para apreciar a paisagem fantástica da Chapada, o melhor ponto é o Morro do Pai Inácio, com 1.120m. A diversidade é tanta, que há até um pantanal, o Marimbus, com locais para banho e pesca.

OBJETIVOS ESPECÍFICOS

Proteger amostras dos ecossistemas da Serra do Sincorá, na Chapada Diamantina, assegurando a preservação de seus recursos naturais e proporcionando oportunidades controladas para visitação, pesquisa científica e conservação de sítios e estruturas de interesse histórico-cultural. O Parque Nacional da Chapada Diamantina Foi criado pelo Decreto n° 91.655 de 17 de setembro de 1985.

 

Parque Nacional Marinho Fernando de Noronha - PE

 

A beleza cênica do arquipélago é incrementada com lendas e estranhas histórias. Um lugar mágico que um dia serviu como um presídio. Do passado restam construções históricas e alguns mistérios. Mas o tempo parece correr em outro ritmo. Ora na calma das águas claras que revelam um mundo marinho incrível, ora na agitação do mar de ondas fortes e no vôo rasante das aves. Isolado no Oceano Atlântico, mais do que fora do tempo, Noronha é um lugar fora do comum.

Criado em 1988, com 11.270 hectares, o Parque Nacional Marinho de Fernando de Noronha guarda uma riqueza submarina que faz do arquipélago um dos melhores pontos de mergulho do Brasil. Além da beleza natural, construções históricas contam um pouco de seu interessante passado, marcado pela cobiça de invasores franceses.

Golfinhos e tartarugas-marinhas, e águas que chegam a 50m de visibilidade são um convite para um deslumbrante paraíso ecológico.

ASPECTOS CULTURAIS E HISTÓRICOS

Logo após o descobrimento, em 10/08/1503 por Américo Vespúcio, vários impactos negativos aconteceram no Parque, como: desmatamento de mais ou menos 95% da vegetação original, introdução de animais e plantas, lixo, animais domésticos soltos na ilha, caça, pesca, entre outros.

ASPECTOS NATURAIS

O arquipélago de Fernando de Noronha, cuja principal ilha leva o mesmo nome, está situado sobre uma montanha submarina de 4.000m de altitude. Rochas vulcânicas de tom azulado erguem-se por toda parte.

Na ilha de Fernando de Noronha está o ponto mais alto do arquipélago, o Morro do Pico (321m). Suas 16 praias agrupam-se em duas faces: o Mar de Dentro, voltada para o continente, e o Mar de Fora, voltada para o oceano, onde o mar é mais agitado.

A maior diversidade do Parque Nacional Marinho de Fernando de Noronha está debaixo de suas águas. São cerca de 230 espécies de peixes e 15 de corais, além de tubarões, tartarugas marinhas e golfinhos rotatores. Do lado de fora, aves migratórias enfeitam as ilhas: fragatas, viuvinhas, o rabo-de-junco e o endêmico sebito.

O solo pedregoso e pouco profundo e os longos períodos de estiagem são responsáveis por uma vegetação baixa e rarefeita, semelhante à do agreste pernambucano com arbustos espinhosos e cactáceas. A vegetação nativa, com espécies de Mata Atlântica, foi quase toda devastada na época em que a ilha era um presídio.

CLIMA

O clima da região é tropical, com temperatura média anual entre 23,5°C e 31,5°C. O parque pode ser visitado o ano todo. Para mergulhar, o período seco, de agosto a janeiro, é o melhor.

ATRAÇÕES

Fora a sensação mágica provocada pela beleza do arquipélago, a maior atração em Fernando de Noronha é mergulhar. Suas águas quentes, que chegam a ter 50m de visibilidade, escondem centenas de espécies de peixes, além de corais, crustáceos, plantas, tubarões e os encantadores golfinhos rotatores. Estes últimos são objetos de estudos de pesquisadores do Centro Golfinho-Rotator. Para observá-los bem existe um mirante na Enseada dos Golfinhos. Alguns naufrágios complementam o cenário. Um outro projeto presente na ilha é o Tamar, protetor das tartarugas marinhas verdes que desovam em algumas praias, como a do Leão.

Dez fortalezas do século XVIII podem ser acessadas por trilhas sinalizadas que também passam por construções históricas, igrejas, fortes e cavernas. A ilha possui 16 praias muito bonitas e diversificadas. As altas ondas das praias do Bode, Boldró, Cacimba do Padre e Quixida atraem surfistas e campeonatos internacionais. Já a Baía do Sancho é uma das preferidas dos mergulhadores. Muitas piscinas naturais se formam na maré baixa. A maior delas está na Praia da Atalaia. O cartão-postal do arquipélago, as ilhas Dois Irmãos, localiza-se na Cacimba do Padre. Também é possível visitar um mangue, na Baía Sueste.

INFRA-ESTRUTURA

A ilha possui Centro de Visitantes, aeroporto, aluguel de barco e de bugues, além de mais de 20 pousadas simples e restaurantes. A infra-estrutura concentra-se na Vila dos Remédios.

OBJETIVOS ESPECÍFICOS DA UNIDADE

Preservar o ecossistema marinho; proteger a tartaruga aruanã (Chelonia midas); garantir a reprodução e o crescimento do golfinho-rotator (Stenella longirostris) e proteger os corais da região. Foi criado pelo Decreto nº. 96.693 de 14 de setembro 1988

 

Parque Nacional do Monte Pascoal - BA

 

O Parque Nacional do Monte Pascoal está localizado no extremo sul da Bahia, onde teriam desembarcado pela primeira vez ao Brasil os portugueses. A região foi ocupada primeiramente pelos tupinambás e no século 16 pelos pataxós, que hoje são um pouco mais de 2 mil e que sobrevivem da venda de artesanato, da caça e da pesca.

A área do parque possui 22.500 hectares que é compartilhada com a reserva indígena, território dos Pataxós com 8.600 hectares. A região é coberta por Mata Atlântica e do topo do monte, têm-se a visão do mar de um lado e da Serra do Itamaraju do outro.

ASPECTOS CULTURAIS E HISTÓRICOS

O Monte Pascoal foi o primeiro ponto de terra avistado pelos portugueses em 1.500, quando descobriram o Brasil. O monte avistado foi batizado por Pedro Álvares Cabral com o nome de Monte Pascal. O nome da unidade é devido a este monte.

ASPECTOS NATURAIS

O relevo é caracterizado pelos depósitos de praias, às vezes com bancos de recifes, extensas planícies costeiras, tabuleiros da formação barreiras, colinas e pequenas serras de rochas cristalinas.

A área abriga um dos últimos remanescentes da Mata Atlântica, tendo como vegetação predominante a Floresta Tropical Pluvial. Algumas espécies de ocorrência são visgueiro, farinha-seca e anda-açu (grande porte).

O Parque tem uma fauna diversificada. Entre os mamíferos destacam-se: veado-campeiro e a ariranha, ambos ameaçados de extinção. Ainda conta com alguns raros, como: ouriço preto, preguiça de coleira e o guariba. Com relação aos carnívoros pode-se citar a suçuarana e a tradicional onça. As aves ameaçadas de extinção: urubu-rei, macuco e mutum.

CLIMA

O clima da região do Parque pode ser considerado de úmido a super úmido, tropical e subtropical, apresentando uma temperatura média entre 21°C. A umidade relativa do ar fica em média de 80% durante todo ano.

ATRAÇÕES

A unidade tem como principal atração a trilha para o Monte Pascoal (valor histórico) e o centro de visitantes que conta parte da história do descobrimento do Brasil. Nos meses de dezembro a março e os de junho e junho, a unidade é mais visitada.

OBJETIVOS ESPECÍFICOS DA UNIDADE

Conservar uma amostra representativa dos ecossistemas de transição entre o litoral e a floresta pluvial dos tabuleiros terciários, conservar os recursos genéticos, possibilitar; fomentar atividades de educação e investigação e proteger o Monte Pascoal, marco histórico do Brasil. Foi criado pelo Decreto n.º 242 de 29 de novembro de .1961

 

Parque Nacional Marinho de Abrolhos - BA

 

Os antigos navegantes alertavam as embarcações que rumavam para esta parte da costa baiana: "Abra os olhos!". Eles referiam-se aos perigos encobertos pelas águas tranqüilas e azuis da região: as incríveis formações de corais. Alguns navios não conseguiram escapar e hoje fazem parte de um cenário deslumbrante de corais, moluscos e peixes, uma grande atração para mergulhadores. Fora os mergulhadores, essas águas recebem outros visitantes muito especiais. Todo inverno as baleias jubarte migram da Antártida em busca de um lugar seguro para procriar e amamentar os filhotes.

Os 91.300 hectares do Parque Nacional Marinho de Abrolhos abrigam o arquipélago formado por cinco ilhotas vulcânicas: Santa Bárbara, Sueste, Redonda, Guarita e Siriba. Devido à riqueza das águas da região, donas de uma rica fauna e exclusiva formação de corais, em 1983 foi criado o parque nacional. Mas a efetiva preservação deste santuário só foi possível pelo difícil acesso.

ASPECTOS NATURAIS

As ilhas que formam o arquipélago de Abrolhos surgiram do derramamento de lavas vulcânicas há mais de 50 milhões de anos. Elas abrigam ao seu redor formações de recifes de corais raras e belas. Uma delas, exclusiva da região, é conhecida como cérebro. No complexo coralíneo mais importante do Atlântico Sul, vivem 160 espécies de peixes tropicais, moluscos, crustáceos e tartarugas marinhas. Essa riqueza de alimento subaquático atrai diversas aves migratórias, como o benedito, o atobá e a fragata.

CLIMA

O clima da região é tropical semi-úmido, com temperatura média anual entre 24,5°C e 27°C. As visitas ao parque podem ser feitas durante todo o ano. No verão, a visibilidade das águas é ainda maior, ideal para a prática do mergulho. Quem quiser acompanhar o espetáculo das baleias jubarte, deve ir para lá no inverno, entre agosto e novembro.

ATRAÇÕES

As águas claras do parque chegam a ter 30m de visibilidade, tornando o local um dos principais pontos de mergulho do Brasil. O cenário marinho conta com centenas de espécies de peixes tropicais, moluscos, crustáceos, formações de corais incríveis, além do Rosalina, um cargueiro italiano naufragado em 1.939. De Julho a novembro, as águas quentes e calmas de Abrolhos recebem as baleias jubarte, que migram da Antártida. Há a possibilidade de fazer uma caminhada por uma trilha na Ilha Siriba, para conhecer o ecossistema local com o acompanhamento de técnicos do Ibama.

INFRA-ESTRUTURA

As visitas ao arquipélago só podem ser feitas nas lanchas e escunas do Ibama. Não é permitido permanecer nas ilhas, onde há apenas uma base da marinha. Para pernoitar no local, só mesmo nas escunas, que fornecem alimentação completa e equipamentos para a prática dos mergulhos livre e autônomo. Na costa baiana, as cidades de Alcobaça, Prado, Caravelas e Nova Viçosa possuem infra-estruturahotéis, pousadas e restaurantes.

OBJETIVOS ESPECÍFICOS DA UNIDADE

Conservar amostras de ecossistema marinho excepcionalmente rico em recifes, algas e ictiofauna e proteger espécies ameaçadas de extinção, principalmente as tartarugas marinhas, baleias-jubarte, coral cérebro, conciliando a proteção integral da flora, da fauna e das belezas naturais com a utilização para objetivos educacionais, recreativos e científicos. Foi Criado pelo Decreto n.º 8.218 de 06 de abril de 1983

 

Parque Nacional do Descobrimento - BA

 

O Parque Nacional do Descobrimento localiza-se no extremo sul da Bahia numa das últimas áreas remanescentes de Mata Atlântica da Bahia. A região foi vítima da atuação de madeireiros e caçadores por muito tempo, causadores de danos irreparáveis, apesar de ainda permanecer uma grande parte verde intacta de florestas que possibilita a preservação da biodiversidade que é encontrada na Mata Atlântica.

O Sítio do Patrimônio Mundial Natural da Costa do Descobrimento, que é considerado Reserva da Biosfera, está integrado ao parque. A área possui trilhas que foram utilizadas e abertas por antigos exploradores de madeira, ainda é possível encontrar arvores enormes caídas no chão e em processo de decomposição.

ASPECTOS CULTURAIS E HISTÓRICOS

A unidade abrange as nascentes do rio Cahy, em cuja foz situa-se o primeiro ponto de fundeio da armada de Cabral na ocasião do descobrimento do Brasil.

ASPECTOS NATURAIS

Tabuleiros costeiros da formação Barreiras com altitude de cerca de 100 m. O solo é do tipo areno-argilosos, com textura arenosa e o relevo é predominantemente plano.

Apesar dos indícios de corte seletivo de madeira, bem como vegetação em estágio secundário nas áreas próximas, a floresta neste local apresenta-se em bom estado de conservação. Há também trechos da vegetação especializada mussununga, pouco conhecida, sendo muitas vezes confundida com a floresta ombrófila ("matas restingadas"), restingas arbóreas ou arbustivas. Árvores imponentes, como o jacarandá-da-bahia, a braúna, Imbiruçu e centenas de outras espécies arbóreas e arbustivas são componentes da Mata Atlântica encontrada no Parque, que é uma das últimas reservas da arruda, em espécies endêmica que foi muito utilizada na confecção de gamelas e pilões.

Sem dúvida o maior atrativo que esta Unidade oferece é a diversidade de sua fauna. A área seria um dos únicos e últimos redutos do Mutum do sudeste Um levantamento de aves, feito em 2001, registrou 47 espécies, 44 das quais endêmicas da Mata Atlântica, 17 legalmente protegidas no Brasil e 15 listadas em alguma categoria da IUCN. Entre estas se destacam o papagaio chauã, símbolo do Parque, o macuco, o gavião real e os criticamente ameaçados balança rabo canela e mutum do sudeste.

Na mesma pesquisa, foram registradas 34 espécies de mamíferos de médio e grande porte, sendo 8 ameaçadas e 3 endêmicas. No grupo dos primatas, foi importante o registro de ocorrência recente do bugio. São também importantes os registros da anta, onça pintada e sussuarana. No levantamento de anfíbios anuros foram registradas duas novas espécies do gênero Hyla, além de novos registros no estado da Bahia. Falta ainda levantamento de répteis e invertebrados no Parque, uma demanda que precisa urgentemente ser atendida. E existência de uma microbacia inteiramente no interior do Parque, a do Imbassuaba, torna muito plausível a descoberta de novas espécies, uma potencialidade a mais a ser explorada.

CLIMA

O clima é úmido tropical, clima de floresta quente e úmida, sem estação seca.

ATRAÇÕES

A unidade ainda não está aberta à visitação, mas já ocorrem atividades de educação ambiental e pesquisas em seu interior, com a devida supervisão da equipe do Parque. Boa parte da diversidade biológica do Parque não é sequer conhecida, sendo uma oportunidade única para pesquisadores e Universidades interessados em biologia da conservação.

A realização de atividades de Ecoturismo, voltadas principalmente para a realização de trilhas ecológicas e observação da natureza (fauna e flora) também pode ser apontada como potencialidade após a abertura do Parque à visitação. Atividades em campo podem ser realizadas por escolas e outras instituições da região, que podem ter no Parque um recurso a mais na realização de atividades de Educação Ambiental ao ar livre.

OBJETIVOS ESPECÍFICOS DA UNIDADE

Proteger e preservar amostras dos ecossistemas ali existentes e possibilitar o desenvolvimento de pesquisa cientifica e programas de educação ambiental. Foi criado pelo Decreto s/n de 20 de abril de 1999

 

Parque Nacional dos Lençóis Maranhenses - MA

 

O país da Floresta Amazônica, do extenso e belo litoral, da grande rede hidrográfica, também possui um deserto. Um deserto mágico de areia branca e lagoas coloridas com peixes. O responsável por essa paisagem diferente? A chuva. Suas águas ficam represadas entre as dunas, mas ninguém sabe explicar como as lagoas sobrevivem ao período de seca. A população também sobrevive a duras penas onde a civilização está a quilômetros de distância. Mesmo a areia finíssima, as dunas e os ventos fortes não conseguem impedir a visita de pesquisadores e aventureiros que se espantam diante da maravilha dos Lençóis Maranhenses.

Para preservar o único deserto brasileiro, constituído por um ecossistema exótico foi criado em 1981 o Parque Nacional dos Lençóis Maranhenses. Seus 155.000 hectares abrigam dunas e mais dunas que avançam para o interior, oásis de lagoas coloridas e um povo nômade, cuja vida é regida pelo regime das chuvas e das areias.

ASPECTOS CULTURAIS E HISTÓRICOS

O parque é um celeiro de pescadores, sendo que alguns deles tornam-se nômades em algumas épocas do ano, principalmente no verão que é mais propício e pesca. Existem dois oásis dentro do Parque onde vivem diversas famílias. Suas dunas são móveis provocando muitas vezes soterramento de casas e carros. O nome da unidade é devido à visão que se tem ao observar o Parque do alto, a qual lembra um lençol jogado com desleixo sobre cama.

ASPECTOS NATURAIS

A paisagem é dominada por dunas de areias de quartzo bem finas. As dunas, que chegam a atingir 20m de altura, cobrem 50 km da costa maranhense. O vaivém das areias não se deve só ao vento. Os rios Preguiça e Parnaíba carregam-nas até o mar e este as devolve ao litoral. Espelhadas por este cenário desértico estão incríveis lagoas coloridas que dão vida ao local. Seus peixes atraem aves marinhas e ao seu redor cresce vegetação.

Nas bordas do parque existem extensos manguezais, caracterizados pelo mangue-vermelho, mangue-branco e mangue-siriúba. Próximo ao mar, crescem o capim-de-areia, o alecrim-da-praia, a pimenteira e o carrapicho-da-praia. Representando a restinga, há a erva-de-cascavel, a orquídea da restinga e o cipó-de-leite, entre outros.

As praias desertas são procuradas por tartarugas marinhas e caranguejos. Nos manguezais encontram-se o jacaré-tingá, a paca e o veado-mateiro. Além destes, aves migratórias, como o maçarico-rasteirinho, as marrecas-de-asa-azul e o trinta-réis-boreal fazem do parque um ponto de descanso.

CLIMA

O clima da região é tropical, com temperatura média anual de 26°C. A estação seca vai de dezembro a agosto. Um bom período para visitas é de dezembro a julho, quando as lagoas estão mais cheias, o calor é mais ameno e a vista belíssima. Na época das chuvas a população local vai para o mar pescar.

ATRAÇÕES

Para conhecer bem o parque, o ideal é caminhar pelas dunas. Para tanto, um guia experiente é indispensável. No meio da imensidão branca surgem lagoas coloridas que refrescam quem se aventura a enfrentar as areias.

Sobrevoar a região dá uma noção exata de sua beleza. Além disso, o parque oferece 70 km de praias desertas. Um passeio interessante é pelo Rio Preguiça, cercado de vegetação nativa.

A visitação é feita a partir de Barreirinhas, onde se obtêm, através de agencias locais, as melhores opções de deslocamento dentro do Parque. As acomodações existentes na região são melhores em Barreirinhas, com pousadas e hotéis, mas também se pode pernoitar em Atins (2 pousadas) e Caburé (4 pousadas).

O Parque não tem acomodações regularizadas dentro de sua área. O deslocamento interno é feito por veículos 4 x 4, que podem ser locados em Barreirinhas.

As melhores atrações do Parque são as belezas cênicas, os passeios nas dunas, os banhos de lagoas, que são melhores nas épocas de chuva (Dezembro a junho), e os banhos de Rio e Mar, em Atins e Caburé.

OBJETIVOS ESPECÍFICOS DA UNIDADE

Preservação de ecossistemas, educação ambiental e visitação pública.  Foi criada pelo decreto n° 86.060 de 02 de junho de 1981

 

Parque Nacional do Pau Brasil - BA

 

O Parque Nacional do Pau Brasil foi um dos primeiros pedaços de terra avistados pelos portugueses, onde encontraram a árvore pau Brasil, com tronco vermelho, bem resistente e com 30 metros de altura. Levado à Europa os portugueses retiravam uma substância conhecida como “brasileína”, que era utilizada para tingir tecidos.

Na região pode-se encontrar por dentro da mata, amostras de Pau-Brasil, orquídeas, aves como as asparongas, beija-flores e macuco, um pássaro que bota um dos ovos mais bonitos da natureza por ter um tom azul turquesa. Além disso, o parque tem uma pequena queda de água formada pelo Rio Jacuba, que tem o nome de Salto de Macuco, onde o solo é formado por areia e sem rochas. A Região é extremamente bela, está na costa do descobrimento do Brasil.

ASPECTOS NATURAIS

O relevo é predominantemente plano, recortado por boqueirões de média profundidade. A vegetação é composta por Mata atlântica.

No parque foram registradas muitas espécies inclusas na lista oficial das ameaçadas de extinção, das quais se destacam: a onça pintada e a harpia. Também foram registrados a presença do macaco-prego, cotia, paca, tatus, diferentes espécies de pássaros e diversos insetos.

CLIMA

O clima da unidade é úmido tropical, clima de floresta quente e úmida, sem caracterizar uma situação de seca.

ATRAÇÕES

O Parque não está aberto à visitação pública. Suas principais atrações são as diversas espécies encontradas na flora e fauna.Tem como cidade de apoio Porto Seguro com hotéis e restaurantes.

OBJETIVOS ESPECÍFICOS DA UNIDADE

Proteger e preservar amostras dos ecossistemas ali existentes e possibilitar o desenvolvimento de pesquisa científica e programas de educação ambiental. Foi criado pelo decreto s/n de 20 de abril de1999

 

Parque Nacional de Jericoacoara - CE

 

Justamente por ter um acesso complicado, tendo que enfrentar balsa e travessia de dunas, Jericoacoara é considerada um lugar limpo e tranqüilo, onde sua beleza está no conjunto das pequenas coisas, as quais a torna um lugar misterioso e cheio de encantos.

A área possui duas lagoas, a Azul e a do Paraíso, com águas calmas, cristalinas, esverdeadas e ótimas para banho. O parque possui vilas com ruelas de areia e sem iluminação pública, dando característica de rusticidade e simplicidade, além da enorme duna do pôr-do-sol, que em julho e uma parte do mês de agosto, permite a visualização do sol descendo pelo centro da Pedra Furada, que é considerada o cartão postal do local.

ASPECTOS CULTURAIS E HISTÓRICOS

Em 1985 Jericoacoara era uma vila de pescadores. Hoje conta com uma população de pouco mais de 2 mil habitantes. Em 1984 foi elevada à categoria APA (Área de Proteção Ambiental). Hoje, a principal atividade econômica é o turismo, mas sempre realizado de maneira a preservar a região.

Uma curiosidade histórica é a que conta que o navegador Vicente Pizon, capitão de umas das naus de Cristóvão Colombo, aportou nas águas de Jericoacoara em 1499. Este registro não foi oficializado em virtude do Tratado de Tordesilhas que entrou em vigor naquele mesmo ano.

ASPECTOS NATURAIS

O ambiente costeiro apresenta-se extremamente vulnerável e composto por paisagens distintas: Serrote, Restinga, Dunas, Lagoas, Tabuleiro, Manguezal, Gramados Halofíticos e praias.

Possui bioma costeiro. A vegetação é caracterizada por diversas fitofisionomias, como cerrado, caatinga. Vegetação de porte herbáceo e gramíneas.

A fauna desta região é representada principalmente pela avifauna, ictiofauna e cetáceos, porém há relatos e evidências de mamíferos de pequeno e médio porte. Há 38 famílias de aves no local, sendo que várias espécies são raras ou estão ameaçadas de extinção.

CLIMA

O clima da região é caracterizado como quente e úmido, com chuvas do verão ao outono, com temperaturas médias oscilando entre 35°C e 22°C e com o período de seca variando de 5 a 6 meses.

OBJETIVOS ESPECÍFICOS DA UNIDADE

Proteger e preservar amostras dos ecossistemas costeiros, assegurar a preservação de seus recursos naturais e proporcionar oportunidades controladas para uso público, educação e pesquisa científica. Foi criado pelo Decreto s/n de 04 de fevereiro de 2002

 

Parque Nacional das Nascentes do Rio Parnaíba - BA/MA/PA/PI

 

O Parque Nacional das Nascentes do Rio Parnaíba é composto por um dos maiores rios do Nordeste e abrange quatro estados brasileiros, Piauí, Maranhão, Bahia e Tocantins. A área possui um grande potencial ecoturístico e é de grande Importância para a conservação da biodiversidade.

Possui uma área de 729.813 hectares e foi criado principalmente para proteção das cabeceiras do Rio Parnaíba, onde a área de Proteção Ambiental Serra da Tabatinga também se tornou uma parte da área do parque.

ASPECTOS NATURAIS

O relevo é caracterizado por Chapadas e Chapadões, entre os vales, com altitudes que não passam dos 800 m. Em sua rica diversidade de vegetação, predomina-se o Cerrado.

Possui um fauna abundante, com mais de 60 tipos de mamíferos e aproximadamente 211 tipos de aves. Na unidade pode-se encontrar espécies raras e ameaçadas de extinção, como o porco-do-mato, veado-campeiro, a jaguatirica, a onça-pintada, a lontra, o tatu-bola, o tatu canastra e o tamanduá-bandeira. Entre as aves, pode-se citar o gavião-real, a arara-azul-grande, a jacucaca, o colhereiro, além de espécies de beija-flores como o beija-flor-de rabo-branco.

CLIMA

O clima da região é tropical semi-úmido com temperatura média anual de 23ºC.

ATRAÇÕES

O fato de o parque estar situado no segundo maior rio do nordeste já o torna um grande atrativo, mas, além disso, o local tem um grande potencial ecoturístico, o que atrai os amantes deste tipo de turismo. O parque não está aberto à visitação.

OBJETIVOS ESPECÍFICOS DA UNIDADE

Assegurar a preservação dos recursos naturais e da diversidade biológica, bem como proporcionar a realização de pesquisas científicas e o desenvolvimento de atividades de educação, recreação e turismo ecológico. Foi criado pelo Decreto s/n de 16 de julho de 2002.

 

Parque Nacional das Sete Cidades - PI

 

As curiosas formações rochosas da região foram divididas em sete conjuntos, chamados de Sete Cidades, já em 1886. O antigo território dos índios tabajaras desperta a imaginação daqueles que o visitam e procuram encontrar diversas formas nas estranhas rochas.

Os 6221 hectares do Parque Nacional de Sete Cidades, criado em 1961, protegem um dos mais importantes sítios arqueológicos do Brasil, além de monumentos geológicos e diversas nascentes que brotam no Piauí semi-árido.

CLIMA

O clima da região é tropical, com temperatura média anual entre 25°C. A melhor época para visitar o parque vai de janeiro a junho, quando as cachoeiras estão mais cheias. O período mais seco vai de junho a dezembro.

ASPECTOS NATURAIS

As espetaculares formações rochosas espalhadas pelo parque e divididas em sete cidades dominam a paisagem. Entre as rochas, em relevo suave, brotam olhos-d`água perenes.

A vegetação característica é de transição entre o cerrado e a caatinga, onde se encontram espécies como o murici, o pau-terra, as palmeiras, o buriti, a carnaúba e o tucum. Entre os animais estão presentes mamíferos como o veado-mateiro, a raposa, a suçuarana e o moco, além de répteis como a Iguana e aves como o tucano, o falcão-tropical e o xexéu.

 

Parque Nacional da Serra da Capivara - PI

 

Na escola, aprendemos que os primeiros homens chegaram às Américas pelo Estreito de Behring, vindos da Sibéria. A contestação para essa antiga e reconhecida teoria está em pleno sertão brasileiro. Sítios arqueológicos guardam indícios da ocupação humana a 50 mil anos atrás, 30 mil anos antes dos homens vindos da Sibéria. Pinturas rupestres mostram como era a vida em um passado distante: caçadas, orgias sexuais, animais desconhecidos e baleias sugerem que a paisagem e os costumes eram bem diferentes do que conhecemos hoje.

Os 129.140 hectares guardam a maior concentração de sítios pré-históricos da América e uma importante amostra da Caatinga brasileira. Para proteger essa riqueza da humanidade foi criado em 1979 o Parque Nacional da Serra da Capivara, que está sob a responsabilidade da Fundação Museu do Homem Americano, além do Ibama. Pela sua inegável importância, a região é considerada pela UNESCO como Patrimônio Mundial da Humanidade.

ASPECTOS CULTURAIS E HISTÓRICOS

A região como um todo apresenta aspectos arqueológicos bastante significativos e teve em outras épocas a presença de povos indígenas que foram dizimados pelos colonizadores espanhóis e portugueses.

O parque foi declarado Patrimônio Cultural da Humanidade pela UNESCO, em função do acervo arqueológico ali encontrado, cerca de 460 sítios já foram cadastrados. No sítio do Boqueirão da Pedra Furada, foram feitas as mais antigas datações que atestam a presença do homem no continente Americano: 48 mil anos atrás.

ASPECTOS NATURAIS

A paisagem é marcada pela diversidade de relevo. Da planície brotam enormes cuesta abruptas e formações rochosas típicas como a Pedra Furada e o Arco do Triunfo.

Quebrando os tons monocromáticos e a vegetação rasteira da região, encontram-se alguns trechos de mata exuberante, lembrando a época em que o terreno foi coberto por floresta tropical e até fundo de oceano, há milhões de anos. Ainda encontram-se uma chapada, na Serra da Gurguéia, e os peculiares caldeirões, depósitos naturais de água das chuvas, escavados nas rochas.

O ecossistema predominante é a Caatinga. Nela, as plantas perdem as folhas durante o período de seca. Nas áreas mais altas, predominam os angicos. Nas baixas, o umbuzeiro e o juazeiro, que não perde as folhas, além dos cactos.

Entre os mamíferos, está o tatu, a cutia, o mocó e a preá. Alguns felinos já foram observados nas matas úmidas. Muitos lagartos, iguanas e ofídios espalham-se pelo parque. Periquitos, papagaios, araras-vermelhas e a águia-chilena representam uma das 208 espécies de aves.

CLIMA

O clima da região é tropical de zona equatorial, com temperatura média anual de 25°C. O período seco vai de maio a outubro, apresentando boas condições de trilhas e de observação da fauna local.

ATRAÇÕES

As maiores atrações do parque são os 260 sítios arqueológicos catalogados com 30 mil pinturas rupestres. São figuras humanas, animais, plantas, objetos e signos representados em diversos temas, sendo o sexual um dos mais freqüentes. Mais de 30 sítios estão preparados para a visitação, como as tocas do Salitre, do Boqueirão da Pedra Furada, do Caldeirão do Rodriguez e do Baixão das Mulheres. Para chegar a eles ou simplesmente contemplar a paisagem interessante das formações rochosas, existem diversas trilhas, algumas até mais difíceis exigindo um bom preparo físico.

No caminho para São Raimundo Nonato está o Baixão, como são chamados os desfiladeiros, das Andorinhas. Com sorte, é possível ver centenas delas mergulhando no cânion por volta das 5 horas da tarde. Em são Raimundo Nonato, está o Museu do Homem Americano, que mostra a evolução do homem, do clima e do relevo na América, além de conter ferramentas, cerâmicas e vestígios arqueológicos. O percurso aberto à visitação conta com 22 sítios arqueológicos preparados para visitação, todos com escadas de acesso, passarelas e sinalização.

INFRA-ESTRUTURA

O Parque Nacional da Serra da Capivara possui uma excelente infra-estrutura, contando com Centro de Visitantes, auditório, lanchonete e sinalizações. São Raimundo Nonato, a 40 km do parque, oferece infra-estrutura simples com hotéis, restaurantes e camping no Museu do Homem Americano.

OBJETIVOS ESPECÍFICOS DA UNIDADE

Proteção do ambiente (área semi-áridas, fronteiriça entre duas grandes formações geológicas), preservação de sítios arqueológicos e o ecoturismo. Foi Criado pelo Decreto n.º 83.548 de 05 de junho de 1979.

 

Parque Nacional de Ubajara - CE

 

Em pleno sertão cearense, existe um oásis: uma região de clima agradável e muito verde, que esconde riquezas, como a Gruta de Ubajara, que significa senhor da canoa. Esse nome se originou de uma lenda indígena na qual um cacique do litoral morou na gruta durante muitos anos. Intensamente visitada, a gruta já foi alvo de depredações, mas hoje está totalmente restaurada.

O Parque Nacional de Ubajara foi criado em 1959 para proteger amostras de caatinga e floresta tropical no sertão cearense, além de um grande números de grutas e cavernas. Com 563 hectares, é o menor parque nacional do Brasil, mas um dos mais organizados.

CLIMA

O clima da região é tropical equatorial, com temperatura média de 20°C na serra e 26ºC na depressão periférica. A melhor época para visitar o parque vai de junho a dezembro, período seco. Em janeiro e fevereiro chove bastante, por isso o acesso à trilha que leva a gruta é suspenso.

ASPECTOS NATURAIS

O relevo recortado da chapada de Ibiapaba, onde se localiza o parque, apresenta precipícios, com grutas e cavernas e rochas calcárias cercados por muito verde.A flora se divide em duas formações predominantes: uma é semelhante à Floresta Tropical Amazônica, com espécies como o cedro, o babaçu e o pau-d`arco-amarelo; na outra, a caatinga, estão presentes o jatobá, o angico e o mameleiro. Representando a fauna, entre os mamíferos, há o mico-estrela, a raposa e o macaco-prego, além de répteis e aves.

 

Parque Nacional da Serra das Confusões - PI

 

Criado em 1998, o parque ainda não está aberto a visitação, mas existem projetos de educação ambiental e recreação, além de incentivo à pesquisas científicas em toda a sua área.

O Parque Nacional da Serra das Confusões abriga um único ecossistema: a caatinga. Sua principal preocupação é preservar toda a riqueza desta paisagem, sua fauna e sua flora para as futuras gerações.

A área desta unidade ainda encontra-se em estado primitivo de conservação, podendo ser encontrado inúmeros sítios arqueológicos em suas cavernas e grutas, apresentando litogravuras nos paredões rochosos de valor histórico, científico e cultural.

Por que o nome Confusões? Os moradores contam que as serras brancas e vermelhas ficam diferentes de acordo com a luminosidade do dia, deixando a pessoa com a vista confusa.

CLIMA

O clima da região é tropical semi-árido.

ASPECTOS NATURAIS

Este cenário exótico é composto de árvores, arbustos de galhos retorcidos, flores, cactos que são espalhados pela paisagem de terra seca, o xiquexique e o mandacaru, símbolos da caatinga e fáceis de serem encontrados por aqui. Pela região vivem inúmeras espécies de aves e animais, muitos deles ameaçados de extinção, como o tamanduá bandeira, as onças parda e pintada e o tatu canastra.

Os quatro diferentes tipos de vegetação encontrados dentro dos limites do Parque são: campinarana gramíneo-lenhosa, campinarana florestado, floresta ombrófila aberta sub-Montana, floresta ombrófila densa sub-montana. Além dessas, existem zonas de mosaicos complexos entre campinaranas e floresta ombrófila.

A Serra das Confusões também exibe em seus paredões rochosos, grutas e cavernas, assim como inscrições rupestres variadas, de riqueza arqueológica incalculável.

 

Parque Nacional de Catimbau - PE

 

O Parque Nacional do Catimbau localizado no agreste de Pernambuco é considerado o segundo maior parque do estado, com uma área de 62.000 hectares. Possui mais de uma centena de sítios arqueológicos, nos quais foram encontradas pinturas rupestres com mais de 6.000 anos e artefatos da ocupação pré-histórica.

Na região podemos encontrar terrenos antigos com cavernas, cânions e lapiais, que são formações multicoloridas e que foram esculpidas pela ação dos ventos e chuvas sobre as paredes areníticas.

ASPECTOS CULTURAIS E HISTÓRICOS

Tem como atrativo principal o Vale do Catimbau, cuja área impressiona por sua beleza, primitivismo e formações geológicas. Exibindo estas, verdadeiras obras de arte esculpidas por processos erosivos, desencadeados por chuva e vento.

ASPECTOS NATURAIS

Apresenta uma grande diversidade no relevo. A vegetação é típica do bioma Caatinga, apresentando elevada riqueza de espécies vegetais e uma grande variedade de formações fitofisionômicas.

A fauna possui uma enorme variedade de espécies animais. Na sua grande maioria representadas, cada uma, por um pequeno número de indivíduos (preponderância de raridades).

CLIMA

O clima predominante na região é o semi-árido do estado do Pernambuco, na zona de transição entre o agreste e o sertão. Geralmente, cerca de 60 a 75% das chuvas ocorrem no período de março/abril até junho/julho. O menor período de chuva vai de setembro a janeiro, sendo outubro o mês mais seco.

ATRAÇÕES

Existem grandes atrações no Parque do Catimbau, dentre elas podemos destacar a abundância de inscrições rupestres e a grande beleza cênica dos paredões de arenito e das formações rochosas esculpidas pela ação erosiva do vento. A ocorrência de numerosos sítios de pinturas e gravuras rupestres localizados, principalmente, nos abrigos rochosos das serras são realmente imperdíveis. Tratam-se de pinturas realizadas em épocas pré-históricas, que apresentam uma grande heterogeneidade gráfica, com características que as identificam como pertencentes à classe de registros rupestres conhecidos como Tradição Nordeste e Tradição Agreste, bem como a outras classes ainda pouco definidas.

OBJETIVOS ESPECÍFICOS DA UNIDADE

Preservar os ecossistemas naturais existentes, possibilitando a realização de pesquisas científicas e o desenvolvimento de atividades de educação ambiental e turismo ecológico. Decreto s/n, de 13 de dezembro de 2002.

 

 

CENTRO-OESTE

 

Parque Nacional da Chapada dos Veadeiros - GO

 

O lugar do planeta escolhido para sobreviver às transformações do terceiro milênio. Muitos acreditam nisso e se preparam há tempos para uma nova vida. Foi assim que a cidade de Alto Paraíso se tornou um centro de terapias alternativas e seitas. Todo o misticismo é fruto da enorme energia proveniente dos mistérios e das belezas que ali se encontram. Cristais que brotam do chão e cachoeiras de águas cristalinas são os maiores convites para a meditação.

Dentro de seus 65.514 hectares está uma importante amostra do Cerrado brasileiro. Suas cachoeiras, cânions e trilhas são ideais para quem procura por aventuras.

ASPECTOS CULTURAIS E HISTÓRICOS

Anteriormente à criação do Parque, moradores da região viviam da exploração de cristais e recursos naturais da área. Em 1990, com o ordenamento da visitação, os garimpeiros receberam treinamento e hoje atuam como Condutores de Visitantes participam da gestão da Unidade através do Conselho Consultivo e da preservação como um todo. Em Junho de 2001, foi criado o Conselho Consultivo da Unidade, reconhecido em 16/12/2001 pela UNESCO como Sítio Patrimônio Mundial Natural.

ASPECTOS NATURAIS

A atribuição de um lugar energético se deve ao fato da Chapada dos Veadeiros estar localizada sobre uma imensa placa de cristal de quartzo. Seu cenário é incrementado com cristais que brotam do chão, juntamente com rochas de milhões de anos. Além disso, as águas límpidas e de cor castanha de suas cachoeiras atravessam cânions profundos no meio do Cerrado. Outra importante característica da Chapada, localizada no centro do Planalto Central, é sua condição de divisor de águas das bacias dos rios Maranhão e Paraná.

Representando a vegetação do Cerrado estão: o pau-terra-vermelho, o murici-rói-rói, o caju-do-campo, a aroeira, além de diversas palmeiras.

Quatro espécies de mamíferos em extinção podem ser encontrados no parque: o cervo-do-pantanal, o veado-campeiro, a onça-pintada e o lobo-guará. Além desses, há o tamanduá-bandeira, o tatu-canastra, a capivara e a anta. Emas, tucanos e urubus são algumas das aves encontradas.

CLIMA

O clima típico da região de Cerrado de Altitude é o tropical sazonal; caracterizado por uma estação seca e outra chuvosa. É claro que devido a sua grande extensão, o clima apresenta algumas variações dependendo da localidade.

Os períodos de seca duram de 3 a 5 meses, porém, com o fenômeno El Niño esse período tende a se estender. A temperatura média anual é de 21°C, sendo amena devido às altitudes. O período chuvoso inicia-se em outubro prolongando-se até abril, sendo que, durante os meses de dezembro a março as chuvas são bem mais freqüentes.

ATRAÇÕES

A Unidade possui atrativos de rara beleza como a Cachoeira Salto I (120m), Salto II (80m), Corredeiras, Cachoeira Carioquinhas, os Cânions I e II e o Mirante do Jardim de Maytréa no trajeto de Alto Paraíso a São Jorge.

Na época chuvosa surgem córregos e novas cachoeiras, desta forma, fazendo trilhas nesta estação, o visitante irá desfrutar a magnífica visão do Vale do Rio Preto, no entanto o banho fica restrito às áreas de segurança determinadas pela direção do Parque, uma vez que existe o perigo das trombas de água; as flores nesta fase prosperam e a vegetação fica mais verde. Na época da seca diminui o volume de água, surgindo vários pontos para banho além das flores mais típicas do Cerrado de Altitude formando cenários indescritíveis.

INFRA-ESTRUTURA

O Parque é aberto à visitação de terça-feira a domingo, durante todo o ano, obedecendo aos seguintes horários: entrada de 8h as 12h e saída até às 17h; no horário de Verão a entrada é das 9h às 13h e a saída até as 18h. Só é permitida a entrada com acompanhamento de Condutor de Visitantes credenciados. Paga-se uma pequena taxa para entrar no parque. Há restrição quanto à entrada de menores de 6 anos de idade, devido aos riscos com a segurança e a dificuldade de deslocamento nas trilhas.

Possui centro de visitantes e alojamento. Não existe área de camping na unidade, mas no Povoado de São Jorge (3 km), existem pousadas e hotéis agradáveis e em Alto Paraíso de Goiás (36 km), hotéis, pousadas, pousada-fazenda, restaurantes e serviços de apoio aos visitantes.

OBJETIVOS ESPECÍFICOS DA UNIDADE

Preservação do Cerrado de Altitude, da fauna característica, das belezas Cênicas naturais e das nascentes de vários rios que tem origem na região. Visa Interpretação Ambiental, o Ecoturismo e a Preservação de Ecossistemas raros no Bioma Cerrado. Criado pelo Dec. nº. 49.875 de 11/01/61, com 625.000,00 hectares; alterado pelo Dec. nº. 70.492 de 11/05/72, Dec. nº. 86.173 de 02/07/81, Decreto nº. 86596 de 17/11/81, e por fim Decreto nº. 99.279 de 16/06/90 para 65.514,73 hectares. Novamente ampliado pelo Decreto s/nº de 27/09/01, em seguida declarado nulo pelo Mandado de Segurança do STJ nº. 24.184 de 13/08/03.

 

Parque Nacional de Brasília - DF

 

A cidade de Brasília é um símbolo de progresso e modernidade. Mas a apenas 10 km da capital nacional está uma importante área de preservação ambiental: o Parque Nacional de Brasília. A área preserva uma grande quantidade de espécies animais e vegetais típicas do cerrado, um dos ecossistemas mais ameaçados do país. Lá também nascem os principais rios que abastecem as cidades da região. Além disso, o parque é a principal área de lazer do Distrito Federal.

O Parque Nacional de Brasília surgiu no contexto da construção da cidade de Brasília como nova capital do Brasil, na década de 60. Os 30.000 hectares do parque, criado em 1961, protegem uma importante amostra do cerrado.

ASPECTOS CULTURAIS E HISTÓRICOS

Durante o ciclo do ouro, as extrações feitas na região de Pirenópolis eram transportadas para o litoral baiano passando pelo interior do Parque, onde havia a "contagem", hoje nome dado a chapada existente no Parque.

ASPECTOS NATURAIS

A área abriga as nascentes dos rios Torto e Bananal que formam a Barragem de Santa Maria, que abastece o Plano-Piloto com água potável. Mas apesar disso, grande parte da água corre em lençóis profundos, deixando o local seco durante quatro meses por ano.

É uma importante reserva de cerrado, com mais de 700 espécies de vegetais e outras centenas de animais. Dentre as plantas destacam-se o jacarandá-do-mato, o pequizeiro, o buriti, a guariroba e os ipês roxo e amarelo.

Refúgio de diversos animais, o parque abriga espécies ameaçadas de extinção como o lobo-guará, o tatu-bola e o tamanduá-bandeira. Além destes podem ainda ser encontrados veados, sagüis, tapetis, cachorros-do-mato, emas e tucanos.

CLIMA

O clima predominante é o tropical, caracterizado por um inverno seco e frio e um verão úmido e quente. Chega a ter uma temperatura média anual de 21 graus, onde são mais elevadas no mês de outubro. Durante o inverno chega a 18 graus.

ATRAÇÕES

A principal atração do parque são as piscinas (01 e 02) formadas a partir dos poços d’água, que surgiram às margens do Córrego Acampamento, pela extração de areia feita antes da implantação da nova Capital do Brasil (Brasília). Além disso, dispõem de duas trilhas de pequena dificuldade: a da Capivara com duração de 20 minutos e a do Cristal Água cujo trajeto pode ser percorrido em 1 hora. O Centro de Visitantes oferece caminhadas programadas.

INFRA-ESTRUTURA

O parque possui centro de visitantes (com sala de exposição, museu, laboratório, auditório p/ 40 pessoas e biblioteca) A área das piscinas conta com: lanchonetes, banheiros, postos de atendimento médico, vestiário e palhoças.

OBJETIVOS ESPECÍFICOS DA UNIDADE

Evitar a predação dos mamíferos; preservar amostra típica do ecossistema Cerrado do Planalto Central; garantir a preservação dos mananciais hídricos que servem de fonte de abastecimento de água para Brasília e promover a recreação e o lazer dentro das dependências do Parque. Foi criado pelo Decreto n.º 241 de 29/11/1961 - Decreto s/n de 03/06/2004 Redefine os limites do Parque.

 

Parque Nacional do Pantanal Matogrossense - MT

 

O regime de chuvas comanda estas terras tão especiais. Parte do ano as águas cobrem tudo. Depois as águas vão baixando e os animais tomando seus devidos lugares. Jacarés, onças, rios repletos de peixes e aves convivem com grandes fazendas de gados. O Pantanal é um ecossistema riquíssimo, onde se encontra uma das maiores concentrações de fauna selvagem do planeta.

O Parque Nacional do Pantanal foi criado em 1981, englobando 135.000 hectares do Pantanal. Na década de 80, a reserva foi base de operações contra os caçadores de jacarés, chamados de coureiros.

ASPECTOS CULTURAIS E HISTÓRICOS

O parque incorporou a antiga Reserva do Cara-cará, a qual na década de 80 foi base de operações no combate à ação dos caçadores de jacarés, e praticamente dobrou seu território com a compra de uma antiga fazenda de gados, que foi inundada em conseqüência das transformações da região, por ações antrópicas diversas. A região era também ocupada por índios Guatos. Provavelmente os primeiros ocupantes pantaneiros foram os espanhóis vindos da Bolívia por volta de 1550. As lendas mais correntes são as do minhocão (uma enorme serpente aquática que derruba os barrancos dos rios), das lagoas que se enfurecem com a presença de pessoas gritando e histórias de onças, sucuris e aventuras de caça e pesca.

ASPECTOS NATURAIS

O Pantanal é uma imensa planície alagável, passando grande parte do ano debaixo d’água. A rede hídrica da região é grande, formada por 175 rios repletos de peixes. No período seco, formam-se diversas lagoas, lagos e corixas que ficam repletos de aves em busca de alimentos.

A vegetação típica da região é uma transição entre cerrado e floresta amazônica.

A fauna do parque é muito diversificada: são 650 espécies de aves, entre tuiuiús, garças, araras-azuis e gaviões, 240 de peixes, entre jaús, pacus e dourados e 80 de mamíferos, como capivaras, cervos, lontras e onças, além dos répteis, destacando-se o jacaré-do-pantanal.

CLIMA

O clima da região é tropical semi-úmido com temperatura média anual entre 23ºC e 25ºC. O período seco, ideal para visitação, vai de maio a setembro. Para observar a fauna, a melhor época é quando as águas começam a baixar, de março a abril. Entre outubro e abril chove muito, sendo que em dezembro e fevereiro são considerados os meses mais chuvosos.

ATRAÇÕES

O parque não está aberto à visitação. Uma boa opção para quem quer conhecer a região é hospedando-se em uma das inúmeras fazendas e conhecendo o cotidiano pantaneiro.

As atividades mais comuns para quem visita o Pantanal são: trekkings com guias, focagem noturna de jacarés, safári fotográfico, passeios de barco, cavalgadas e observação de pássaros.

INFRA-ESTRUTURA

A infra-estrutura do parque resume-se a um Centro de Visitantes com embarcações, localizado em um platô a salvo de inundações. Em Poconé, existem hotéis-fazenda, hotéis de beira-rio e restaurantes simples, localizados ao longo da Rodovia Transpantaneira.

OBJETIVOS ESPECÍFICOS DA UNIDADE

Proteger e preservar todo ecossistema pantaneiro, bem como sua biodiversidade, mantendo o equilíbrio dinâmico e a integridade ecológica dos ecossistemas contidos no Parque. Foi criado pelo Decreto nº. 86.392 de 24 de setembro de 1981

 

Parque Nacional da Serra da Bodoquena - MS

 

Com 76.481 hectares que estão divididos em dois fragmentos, um ao norte e outro ao sul, o Parque Nacional da Serra da Bodoquena possui como cenário de fundo uma formação de montanhas de rochas calcárias que a difere das demais montanhas da região. O parque ainda possui áreas compostas campos alagados, cerrados, floresta estacional e o maior trecho de Mata Atlântica do estado de Mato Grosso.

O parque oferece muitos atrativos e um deles é o Rio Perdido, que corta um pedaço da área do parque e que tem esse nome porque percorre alguns trechos se perdendo no meio do caminho, por baixo da rocha e por cavidades naturais, ressurgindo em outro local.

ASPECTOS CULTURAIS E HISTÓRICOS

Colonizada há mais de um século, esta Serra se manteve na sua maioria bem conservada. Recomendações para criar o Parque surgiram desde a década de 80 e foi definida como área prioritária para a conservação da biodiversidade do cerrado e pantanal.

ASPECTOS NATURAIS

Devido ao seu arcabouço, a Serra da Bodoquena apresenta encostas diferentes em suas porções leste e oeste. Na porção leste ocorrem encostas suaves e morros residuais de rochas carbonáticas, enquanto na porção oeste as encostas são mais íngremes e escarpadas. A presença de rochas carbonáticas na região possibilitou a formação de inúmeras feições cársticas, tais como colinas, sumidouros, ressurgências, além da formação das cavernas. Esse relevo cárstico se desenvolve sobre as rochas carbonáticas do Grupo Corumbá, abrangendo a maior parte do relevo montanhoso. Com predominância de rochas carbonáticas, a região é altamente favorável ao desenvolvimento de cavernas e abismos.

A vegetação é arbórea densa, com remanescentes da Mata Atlântica e transição para Cerrado/Floresta estacional decidual.

A fauna é exuberante. Na Avifauna destacam-se, Arara azul, vermelha e canindé, gavião real; entre os canídeos, raposa, lobinho, lobo guará; felinos, jaguatirica, suçuarana e onça pintada. Existem outros animais como a paca, capivara, cutia, anta, queixada, cateto, além de riquíssima fauna de invertebrados.

CLIMA

Possui características das savanas tropicais com verão úmido e inverno seco. O período de chuva dá-se entre outubro e abril. No inverno a temperatura varia entre 15º C e 20º C.

ATRAÇÕES

O Parque está sendo implantado com a regularização fundiária. Não possui Plano de Manejo e ainda não está aberto à visitação pública. As atividades ecoturísticas exploradas na região são as atividades de contemplação (observação de flora e fauna), esportes radicais (rapel, parapente, mergulho em cavernas, bóia cross, rafting, mountain bike, trekking, entre outros).

OBJETIVOS ESPECÍFICOS DA UNIDADE

Preservar ecossistemas naturais de grande relevância ecológica e beleza cênica, possibilitar a realização de pesquisas científicas e o desenvolvimento de atividades de educação ambiental, de recreação em contato com a natureza e de turismo ecológico. Decreto s/n de 21 de setembro de 2000

 

Parque Nacional da Chapada dos Guimarães - MT

 

O Parque Nacional da Chapada dos Guimarães está localizado entre o Atlântico e o Pacífico onde se encontra o centro geodésico da América do Sul. Sua paisagem é caracterizada por gigantescas esculturas de pedra, um céu multicolorido e um corredor eletromagnético, o qual atrai muitas pessoas sensitivas, por reunir forças eletromagnéticas, além de ser um antigo pasto de dinossauros há 64 milhões de anos.

Possui 46 sítios arqueológicos catalogados em seus 33 mil hectares de área onde estão gravadas inscrições rupestres e pinturas feitas por antepassados. O parque é considerado um verdadeiro museu a céu aberto, onde foram encontrados ossos de dinossauros do período Jurássico, fósseis de inúmeros outros animais e conchas, entre outras preciosidades.

ASPECTOS CULTURAIS E HISTÓRICOS

Há ocorrência de sítios arqueológicos e históricos de importância para a humanidade em conhecer um pouco sobre a vida de seus antepassados. Dentre estes atributos destacam-se: abrigos sob-rocha e oficinas líticas, com pinturas e gravações rupestres.

ASPECTOS NATURAIS

Encontra-se sobre uma das antigas placas tectônicas do planeta além de possuir gigantescas montanhas de arenito.

Sua vegetação é o Cerrado, com árvores contorcidas e uma grande variedade de espécies de flores perfumadas. Também é considerada uma farmácia a céu aberto, por possuir centenas de ervas medicinais, todas ameaçadas de extinção. Além disso, encontram-se também algumas espécies, mais características do Cerrado como o pau-santo; o campo sujo - caracterizado pelo murici - o campo cerrado - marcado pelas gramíneas e o campo cerrado rupestre - ambiente de diferentes orquídeas e bromélias.

A fauna tem como representantes principais os cágados e o jacaré-coroa, além do lobo-guará, veado-campeiro, gato-palheiro, tamanduá-bandeira e tatu canastra (ameaçado de extinção), dentre outros.

CLIMA

De maio a setembro há sol o dia inteiro e as trilhas tornam-se completamente acessíveis. Entre dezembro e abril chove muito na região e as trilhas ficam muito perigosas.

ATRAÇÕES

Possui várias atrações turísticas constituídas por cachoeiras (Véu da Noiva, Cachoeirinha), sítios arqueológicos e monumentos históricos. A melhor época para a visitação é de novembro a julho, devido ao período de seca.

INFRA-ESTRUTURA

O Parque é aberto à visitação todos os dias. Possui ainda um centro de visitantes e sede do Ibama. Os ambientes do parque podem ser visitados por várias trilhas. A 9 km do parque tem o município Chapada dos Guimarães, com hotéis, pousadas, restaurantes e centro de informações turísticas.

OBJETIVOS ESPECÍFICOS

Proteção os ecossistemas de Savanas e Matas semi-decíduas, inúmeros sítios arqueológicos e monumentos históricos e ainda as cabeceiras dos vários rios que compõem as bacias do Alto Paraguai e Amazônica. Foi criado pelo Decreto n.º 97.656 de 12 de abril de 1989

 

Parque Nacional das Emas - GO

 

Campos de capim a perder de vista guardam boas surpresas. Os enormes cupinzeiros, às vezes com formatos estranhos, servem de alimento para muitos animais, que circulam para lá e para cá livremente. Um prato cheio para os observadores e fotógrafos de natureza. Essa importante amostra do cerrado é frágil e está ameaçada, mais uma vez pela ação do maior inimigo do meio ambiente - o homem.

O Parque Nacional das Emas foi criado em 1961, protegendo 131.868 hectares de um ecossistema bastante frágil. As maiores ameaças são as lavouras que o cercam e os incêndios, muitas vezes criminosos, durante o período seco.

ASPECTOS CULTURAIS E HISTÓRICOS

O parque é limítrofe de um grande complexo de sítios arqueológicos, situados no vale do rio Verdinho e Corrente. Não consta bibliografia da presença indígena na unidade, mas em seu entorno, sabe-se da presença dos índios Caiapós.

ASPECTOS NATURAIS

A paisagem da região reúne quase todos os tipos de cerrado. Enormes cupinzeiros, árvores retorcidas, campos de capim flecha e flores espalham-se pelo parque, que está situado no divisor de águas entre 3 importantes bacias: a Amazônica, a Platina e a do Pantanal.

A vegetação inclui mata ciliar, vereda, campo rupestre ou de altitude, mata mesofídica, campo úmido, cerrado, cerradão, campo cerrado, campo sujo e campo limpo. Além das árvores pequenas e retorcidas, típicas do cerrado, é possível encontrar árvores frutíferas.

Representando a fauna estão o tamanduá-bandeira, o veado-campeiro, o cachorro-do-mato, jaguatiricas, onças, micos e bugios. Entre as mais de 220 espécies de aves, encontram-se a arara-canindé, o urubu-rei e a perdiz. Há ainda diversos répteis.

CLIMA

O clima predominante é o tropical quente sub-úmido. Os meses mais secos vão de junho a agosto, com escassez de água. As maiores precipitações ocorrem nos meses de dezembro, janeiro, fevereiro e março. A temperatura média anual situa-se em torno de 22 graus.

ATRAÇÕES

O grande atrativo no Parque Nacional das Emas é a observação de animais. Os amantes da fotografia encontrarão ótimas oportunidades para fotografar animais bem de perto, principalmente o tamanduá-bandeira. As emas também correm soltas pelos campos do parque.

Nas noites de inverno, uma luz azulada fosforescente emana dos cupinzeiros, produzida pelas larvas de vaga-lumes. Esse fenômeno é conhecido como bioluminescência.

Para caminhar, é importante levar protetor solar, pois as distâncias são grandes e quase não há áreas de sombra. O parque é cortado por alguns rios, destacando-se o Jacuba e o Formoso.

OBJETIVOS ESPECÍFICOS DA UNIDADE

Proteger amostra representativa do bioma cerrado, bem como proteger habitat da fauna endêmica e conservar diversas nascentes dos rios Jacuba e Formoso, afluentes do Parnaíba da bacia do Paraná. Foi criado pelo Decreto No. 49.874 de 11 de janeiro de 1961.

 

 

 

Fontes:

http://ecoviagem.uol.com.br

http://pt.wikipedia.org